Edivaldo Jr. cobra igualdade de espaço para cristãos na UESB
Câmara Municipal de Vitória da ConquistaSessão OrdináriaNotíciaEdivaldo Ferreira Jr.PSDB
17/09/2025 11:15:00
Na sessão ordinária desta quarta-feira (17), o vereador Edivaldo Ferreira Jr. (PSDB) trouxe à tribuna um debate sobre liberdade religiosa e igualdade de espaço dentro da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). O parlamentar criticou a nota de repúdio emitida pela Associação dos Docentes da UESB (ADUSB) contra a realização da Segunda Semana Universitária da Igreja Batista Nacional Candeias, ocorrida no campus no dia 10 de setembro.
Segundo ele, a manifestação, que durou cerca de 45 minutos na área externa da universidade, foi considerada pela entidade como afronta ao Estado laico — mas a mesma postura não foi adotada diante de outros eventos promovidos na instituição. “Infelizmente, nós não vimos uma nota de repúdio da ADUSB em relação a uma série de eventos que vêm acontecendo na UESB. A Caravana dos Povos do Terreiro da Bahia, cursos de extensão debatendo religiões de matriz africana e racismo religioso, grupos de estudo sobre tradições e saberes. Em nenhum desses momentos houve contestação”, afirmou.
O vereador chamou atenção para o tratamento desigual: “De uma forma subliminar, a gente não vê nessas imagens nenhum símbolo cristão. Isso para a gente pensar: quem é que realmente está praticando algum tipo de racismo religioso?”
Edivaldo reforçou que a defesa não é por privilégios, mas por equidade: “O que o povo cristão de Vitória da Conquista quer é direitos iguais. Apenas isso. Queremos o mesmo espaço que outras religiões têm dentro da UESB, uma universidade de grande importância para a nossa cidade e para todo o Sudoeste da Bahia”.
Ele também destacou que o princípio do Estado laico precisa ser compreendido em sua essência: “O Estado laico tem por pressuposto o respeito a todas as religiões. Não vamos admitir aqui qualquer forma de preconceito em relação aos cristãos de Vitória da Conquista”. Ao concluir sua fala, o parlamentar reforçou que seguirá lutando por esse direito: “Queremos apenas, como cristãos, o mesmo espaço que outras religiões vêm tendo. Apenas isso”.
Anuska Meirelles