Em seu pronunciamento na sessão desta sexta-feira, 5, o vereador Edivaldo Júnior (PSDB), líder do Governo, criticou a situação dos preços das passagens aéreas em Vitória da Conquista. Ele alertou que os valores praticados atualmente têm afetado diretamente não apenas a economia local, mas também toda a região Sudoeste da Bahia e o próprio Estado.
“Esse é um tema que já temos debatido nesta Casa há algum tempo, mas que precisa de mais atenção do Legislativo, do Executivo e da população. Os valores exorbitantes das passagens estão prejudicando toda uma cadeia econômica e social”.
O vereador apresentou dados comparativos que demonstram a discrepância entre os preços praticados em Vitória da Conquista e em outras cidades com perfil e localização semelhantes, a exemplo de Guanambi e Barreiras. E diante disso, anunciou que a Câmara Municipal aprovou um requerimento de sua autoria, endereçado ao presidente da República, ao governador do Estado, ao ministro do Turismo, ao secretário de Turismo e à empresa Azul Linhas Aéreas, questionando quais os critérios utilizados para definição de rotas e frequências em Vitória da Conquista.
“São todas cidades com apenas três voos semanais. Então, por que Vitória da Conquista tem passagens tão mais caras? É uma pergunta que precisa de resposta imediata. E se há previsão de ampliação do número de voos, horários e destinos”.
O vereador informou ainda que, na última quarta-feira (4), esteve em Salvador para entregar pessoalmente o requerimento ao deputado estadual Tiago Correia (PSDB), buscando apoio da Assembleia Legislativa da Bahia. Citou também manifestações de apoio à causa por parte do deputado Fabrício Falcão (PCdoB) e do presidente da Câmara, vereador Ivan Cordeiro (PL).
“Essa é uma luta suprapartidária. O problema é real, afeta a mobilidade da população e gera prejuízos imensos à economia do estado. As pessoas do Sudoeste da Bahia estão deixando de ir a Salvador e se deslocando para capitais como São Paulo e Belo Horizonte em busca de saúde, educação e outros serviços — simplesmente porque é mais barato. Estamos sendo desprestigiados, e isso não pode continuar. Precisamos de explicações e, principalmente, de soluções”.
Por Camila Brito