Imagem Câmara aplaude Coletivo de Mulheres por mobilização contra violência e feminicídio

Câmara aplaude Coletivo de Mulheres por mobilização contra violência e feminicídio

Câmara Municipal de Vitória da ConquistaMoção de AplausoSessão OrdináriaNotíciaMárcia Viviane

19/12/2025 10:15:00


Na sessão ordinária desta sexta-feira (19), a Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizou a entrega da Moção de Aplauso nº 182 ao Coletivo de Mulheres de Vitória da Conquista. A homenagem foi proposta pela vereadora Márcia Viviane (PT) em reconhecimento à realização do ato “Mobilização Nacional Mulheres Vivas”, ocorrido no dia 7 de dezembro de 2025, iniciativa de grande relevância social em defesa da vida das mulheres e no enfrentamento à violência e aos feminicídios.

De acordo com a ementa da moção, a Câmara presta homenagem ao coletivo por reafirmar o compromisso com a proteção da vida das mulheres e com a promoção dos direitos humanos no município, destacando a importância da mobilização diante de um cenário alarmante de violência de gênero no país.

Representando o Coletivo de Mulheres de Vitória da Conquista, Jéssica Fontes usou a tribuna para agradecer a homenagem e contextualizar a importância do ato realizado. “Esse foi um ato nacional, fruto da indignação diante dos feminicídios que vêm acontecendo no nosso país. Em Vitória da Conquista, contou com dezenas de mulheres que se mobilizaram para denunciar essa realidade”, afirmou.

Jéssica agradeceu à vereadora Márcia Viviane pela iniciativa e às mulheres que participaram da mobilização. Segundo ela, o reconhecimento da Câmara é significativo, mas também reflete uma realidade dura vivida pelas mulheres brasileiras. “Essa moção é muito importante, mas é fruto de uma realidade muito dolorosa. No Brasil, quatro mulheres morrem por dia vítimas do feminicídio, e hoje o país ocupa um ranking alarmante de violência contra a mulher”, destacou.

Durante a fala, a representante do coletivo chamou a atenção para a necessidade de políticas públicas efetivas. “Quando uma mulher é assassinada, esse é o último estágio da violência. Antes disso, houve omissão, houve falhas. Por isso, é fundamental discutir quais políticas públicas existem para prevenir e combater o feminicídio”, pontuou.

Ela também levantou questionamentos sobre o orçamento municipal e o enfrentamento à violência de gênero. “Quanto do orçamento de Vitória da Conquista vai, de fato, para o combate e a prevenção ao feminicídio? Se o município contrai um empréstimo de 400 milhões de reais, quanto desse recurso será destinado à proteção da vida das mulheres?”, questionou.

Jéssica Fontes abordou ainda outras desigualdades enfrentadas pelas mulheres, como a sobrecarga de trabalho, a fome e o déficit habitacional. “As mulheres são as principais vítimas da fome no país, da precarização do trabalho e da desigualdade social. Essa realidade também precisa ser denunciada”, afirmou.

Ao encerrar, reforçou o caráter coletivo e permanente da luta. “Os homens que assassinam mulheres não são monstros distantes, são homens do nosso convívio. Por isso, precisamos denunciar, nos mobilizar e cobrar ações concretas. As mulheres seguem sendo violentadas e assassinadas, mas não passarão. Seguiremos mobilizadas, denunciando e lutando contra essa realidade”, concluiu.

Anuska Meirelles


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