Imagem Gabriela Garrido repudia discurso de defesa em caso do feminicídio de Beatriz

Gabriela Garrido repudia discurso de defesa em caso do feminicídio de Beatriz

Câmara Municipal de Vitória da ConquistaSessão OrdináriaNotíciaGabriela GarridoPV

17/10/2025 10:20:00


Na sessão ordinária desta sexta-feira, 17, a vereadora Gabriela Garrido (PV) iniciou seu pronunciamento manifestando o pesar pela morte do jovem João Lucas, que faleceu ao tentar soltar uma pipa que se prendeu em fios de eletricidade.

A parlamentar destacou que o caso evidencia a necessidade de um projeto de cabeamento subterrâneo da rede elétrica, medida que pode evitar tragédias semelhantes. “Além do problema estético, há o risco real de acidentes graves como esse. Após a COSIP, espero que a Prefeitura tenha um projeto nesse sentido”, afirmou a vereadora.

Em razão do Mês da Criança, Gabriela relatou que visitou diversas creches municipais, elogiando a qualidade do atendimento e as melhorias estruturais observadas, mas também pontuando a necessidade de ampliação do serviço. “Visitei várias creches, inclusive uma que foi recentemente reestruturada e está muito bonita. O que percebi, de forma geral, é que a maior demanda é por ampliação do atendimento e por mais vagas. Apesar disso, os ambientes estão limpos, organizados, e as crianças muito bem cuidadas”, destacou.

A vereadora parabenizou as equipes das unidades de ensino, reconhecendo o compromisso dos servidores públicos municipais. “Quero parabenizar as equipes. São profissionais dedicados, que demonstram amor pelo que fazem e merecem nosso reconhecimento”, afirmou.

Gabriela comentou o desfecho do julgamento do ex-presidente da Câmara de Barra da Estiva, condenado a 34 anos de prisão pelo feminicídio de Beatriz, jovem grávida e de origem humilde. “Esse caso deixou claro que a sociedade tem se posicionado contra a violência contra a mulher. O autor era um homem rico, enquanto a vítima era uma menina pobre, da periferia. Até hoje o corpo dela não foi encontrado, o que aumenta ainda mais a dor da família”, lamentou.

A parlamentar também repudiou a fala de advogados de defesa, que classificaram o réu como “um cidadão de bem”. “Para não combinar com o ambiente onde está sendo julgado por homicídio, a primeira providência que se deve tomar é não matar. Precisamos parar de aceitar esse tipo de argumento, que tenta proteger o agressor e reforça estigmas de classe e cor”, criticou.

A parlamentar apresentou dados alarmantes sobre feminicídios no Brasil, alertando para a urgência de políticas públicas eficazes de prevenção. “O Brasil registrou 1.706 casos de feminicídios consumados e quase mil tentativas, segundo o Monitor da Violência. Isso significa que 4,7 mulheres foram mortas por dia. Precisamos nos posicionar como sociedade e dizer basta a esse tipo de crime”, concluiu.

Por Camila Brito


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