Na sessão ordinária desta sexta-feira, 17, a vereadora Gabriela Garrido (PV) iniciou seu pronunciamento manifestando o pesar pela morte do jovem João Lucas, que faleceu ao tentar soltar uma pipa que se prendeu em fios de eletricidade.
A parlamentar destacou que o caso evidencia a necessidade de um projeto de cabeamento subterrâneo da rede elétrica, medida que pode evitar tragédias semelhantes. “Além do problema estético, há o risco real de acidentes graves como esse. Após a COSIP, espero que a Prefeitura tenha um projeto nesse sentido”, afirmou a vereadora.
Em razão do Mês da Criança, Gabriela relatou que visitou diversas creches municipais, elogiando a qualidade do atendimento e as melhorias estruturais observadas, mas também pontuando a necessidade de ampliação do serviço. “Visitei várias creches, inclusive uma que foi recentemente reestruturada e está muito bonita. O que percebi, de forma geral, é que a maior demanda é por ampliação do atendimento e por mais vagas. Apesar disso, os ambientes estão limpos, organizados, e as crianças muito bem cuidadas”, destacou.
A vereadora parabenizou as equipes das unidades de ensino, reconhecendo o compromisso dos servidores públicos municipais. “Quero parabenizar as equipes. São profissionais dedicados, que demonstram amor pelo que fazem e merecem nosso reconhecimento”, afirmou.
Gabriela comentou o desfecho do julgamento do ex-presidente da Câmara de Barra da Estiva, condenado a 34 anos de prisão pelo feminicídio de Beatriz, jovem grávida e de origem humilde. “Esse caso deixou claro que a sociedade tem se posicionado contra a violência contra a mulher. O autor era um homem rico, enquanto a vítima era uma menina pobre, da periferia. Até hoje o corpo dela não foi encontrado, o que aumenta ainda mais a dor da família”, lamentou.
A parlamentar também repudiou a fala de advogados de defesa, que classificaram o réu como “um cidadão de bem”. “Para não combinar com o ambiente onde está sendo julgado por homicídio, a primeira providência que se deve tomar é não matar. Precisamos parar de aceitar esse tipo de argumento, que tenta proteger o agressor e reforça estigmas de classe e cor”, criticou.
A parlamentar apresentou dados alarmantes sobre feminicídios no Brasil, alertando para a urgência de políticas públicas eficazes de prevenção. “O Brasil registrou 1.706 casos de feminicídios consumados e quase mil tentativas, segundo o Monitor da Violência. Isso significa que 4,7 mulheres foram mortas por dia. Precisamos nos posicionar como sociedade e dizer basta a esse tipo de crime”, concluiu.
Por Camila Brito