A Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista realiza, no dia 7 de agosto, às 19hs, audiência pública voltada à discussão sobre a criação e regulamentação do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, bem como do Fundo Municipal Animal. A iniciativa é do vereador Andreson Ribeiro (PCdoB), que destacou a necessidade de ampliar as políticas públicas voltadas ao bem-estar animal na cidade.

O parlamentar justificou a importância do debate, ressaltando que o município possui um expressivo número de animais, tanto sob cuidados de tutores quanto nas ruas, que demandam maior atenção por parte do poder público. Entre as ações necessárias, ele citou o cadastramento, castração, vacinação, controle de doenças, além de serviços de tosa, banho e atendimentos de urgência por traumas.

Ribeiro também destacou que muitas doenças que afetam os animais podem ser transmissíveis aos humanos, reforçando a relevância de políticas de saúde pública que envolvam o cuidado com os animais. Segundo ele, a criação de um Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais e de um Fundo Municipal dedicado ao tema possibilitará maior participação da sociedade na formulação e implementação dessas ações, promovendo uma gestão mais eficiente e transparente.

A audiência vai contar com a presença de representantes da sociedade civil, profissionais da área de saúde e proteção animal, além de vereadores e membros do executivo municipal. O debate busca reforçar o compromisso de Vitória da Conquista em avançar na proteção dos direitos dos animais e na promoção de uma convivência mais harmoniosa entre humanos e animais na cidade.

O ativista e militante da Causa Animal, Vitor Quadros, que integra a organização da atividade, afirma que o propósito da audiência, além do bem-estar animal, é sobre saúde pública, geração de renda, e redução de danos. “Causa animal e saúde pública são inseparáveis e vão muito além de cães e gatos. O tráfico de animais silvestres é o terceiro mais lucrativo do mundo.  Só perde para o de drogas e armas. Outros crimes como aves sem registro engaioladas, rinhas clandestinas, animais em circos e zoológicos questionáveis ainda habitam nosso cotidiano. Práticas de tortura como touradas, farra do boi, rodeios e vaquejadas ainda são consideradas culturais. Exploração, abusos e maus-tratos”, declarou.