Na sessão desta quarta-feira, 21, o vereador Alexandre Xandó (PT), destacou a importância da participação popular nas audiências públicas sobre a reforma da Lei Orgânica do município, participando e contribuindo com suas sugestões. Informou sobre o cancelamento da primeira audiência que aconteceria na UESB, nesta quarta-feira, em virtude da morte do professor da instituição, Francisco Carvalho.
Sobre o reajuste salarial dos professores, o vereador cobrou do município a valorização dos profissionais da educação, concedendo reajuste salarial maior e realizando pagamentos retroativos. Xandó salientou que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) tem o objetivo principal de garantir recursos para a manutenção e o desenvolvimento da educação básica, além de valorizar os profissionais da educação, com percentual de 70% reservado exclusivamente para remuneração dos professores.
“O primeiro passo para melhorar a educação é a valorização dos professores. Pensando nisso, foi criado o FUNDEB. Esse ano o aumento foi de 943 milhões, quase 1 bilhão a mais para estados e municípios. Esse recurso vem carimbado, com o mínimo 70% dessa verba sendo destinada à remuneração dos professores. O recurso já vem com base anterior, sendo pago desde janeiro. Prefeita pague o retroativo e respeite o plano de carreira”, disse.
O vereador Xandó lembrou que os profissionais passam por inúmeros desafios dentro e fora das salas de aula, citando o exemplo da falta de pagamento do adicional em caso de alunos com deficiência.
“Não está sendo pago regência e adicional. o número de crianças autistas na escola é muito grande, porque nós vencemos o capacitismo e tiramos essas crianças dos porões das casas, escondidas nos quartinhos e colocamos na escola. Agora, é preciso ter estrutura, monitores em sala de aula. Os professores tiram do bolso para pagar uma pós-graduação, pois a Secretaria de Educação não oferece capacitação para lidar com esses desafios”.
Xandó convocou os professores para acompanhar o Projeto de Lei apresentado na casa que visa a inclusão da bíblia enquanto material didático, criticando a falta de discussão com aqueles que são os principais interessados. “Vamos chamar os grupos de educação para se debruçar sobre o projeto”, afirmou.
Por Camila Brito