Professor denuncia falta de diálogo entre Prefeitura e categoria
Câmara Municipal de Vitória da ConquistaSessão OrdináriaTribuna LivreNotícia
16/05/2025 10:05:00
Na sessão desta sexta-feira (16), o professor Jhorem Bonfim, representando o Sindicato dos Professores Municipais, utilizou a Tribuna Livre para reivindicar valorização da categoria e denunciar o que classificou como falta de diálogo por parte do Executivo no processo de negociação do reajuste salarial dos docentes.
“Estou aqui representando a categoria como diretor eleito democraticamente, assim como os senhores também foram eleitos para servir ao povo”, afirmou o professor. Ele destacou que os docentes, além de trabalhadores, são também cidadãos conquistenses e merecem atenção especial pela função essencial que exercem como educadores e formadores da sociedade.
Jhorem Bonfim ressaltou que a luta do sindicato vai além da questão salarial: “Nossa causa é a defesa da educação pública e a valorização do trabalhador docente. O que está em jogo não é apenas o salário de uma categoria, mas a dignidade de quem constrói o alicerce da sociedade”.
O professor criticou a postura da Prefeitura ao encaminhar o projeto de lei do reajuste em regime de urgência à Câmara antes de concluir as negociações com a categoria. “Mais uma vez nos deparamos com a insensibilidade e a falta de compromisso do governo municipal. O governo atropela o diálogo e expõe sua incapacidade de lidar com o contraditório”, declarou.
Ele também contestou a estratégia recorrente de unificar o reajuste dos professores com o dos demais servidores, lembrando que os recursos da educação têm origem e destinação distintas. “Os nossos recursos vêm de uma fonte federal, que é repassada integralmente desde janeiro. O que pedimos aqui é justiça e respeito à legalidade. Essa Casa existe para fiscalizar o Executivo, e o Executivo está sendo irregular”, afirmou.
Segundo Bonfim, em reunião recente, o sindicato apresentou dados que demonstram sobra de recursos oriundos do Fundef, que, por lei, devem ter pelo menos 70% aplicados na remuneração dos professores. “Comprovamos com dados técnicos que o município não tem cumprido esse mínimo. Queremos saber onde está esse recurso”, questionou.
Por Anuska Meirelles