Na sessão desta quarta-feira (14), a vereadora Dra. Lara Fernandes afirmou que faria uma reparação histórica sobre o dia 13 de maio, quando se comemora, segundo ela, o verdadeiro dia da abolição da escravidão no Brasil, com a assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel. De acordo com a vereadora, a data era feriado até 1932, "quando o ditador Getúlio Vargas revogou a lei para diminuir o prestígio da família imperial no Brasil". 

Dra, Lara disse ainda que a Lei Áurea era composta por apenas duas sentenças: o Artigo 1o - "É declarada extinta, desde esta data, a escravidão no Brasil. Artigo 2o revogam-se as disposições contrárias".  Mesmo sabendo que colocaria seu trono em risco com esse ato, ela assinou, disse. Anos depois, durante o seu exílio na França, entrevistada por um jornalista que perguntou se ela repetiria o ato, ela respondeu que “se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu perderia”, relatou Lara.

A vereadora exibiu um vídeo contando a história da princesa abolicionista. A parlamentar concluiu seu pronunciamento exibindo a imagem de nossa Senhora Aparecida no telão, à qual fez uma referência: "Na época em que a Princesa Isabel assumiu o governo, Nossa Senhora Aparecida ainda não era a padroeira do Brasil. A Princesa era devota da santa e fez uma promessa de que se engravidasse, algo que ela vinha tentando há cerca de 10 anos, faria um manto com suas joias. Ela engravidou em 4 anos e além de fazer um manto com suas joias, mandou confeccionar uma mini coroa para Nossa Senhora Aparecida, sendo que ela mesma ainda não tinha uma coroa. Ela entregou a coroa com um bilhete que está até hoje guardado nos arquivos da Basílica de Nossa Senhora".

A vereadora Lara leu a carta cujo conteúdo mencionava o presente (coroa) e a reverência da princesa à rainha do céu. O Papa Leão 13 condecorou a Princesa Isabel com a rosa de ouro pelo ato da Lei áurea. "Em 1904, a imagem foi coroada pelo papa Pio X, e em 1930, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil".

Por Andréa Póvoas