Na sessão desta sexta-feira (25), o vereador Luís Carlos Dudé (UB) disse que o país tem vivido dias difíceis ao longo da sua história política, desde a redemocratização, e que não há motivos de comemorações em nada. “Fico pensando que na década de 80 nós estávamos nas ruas da cidade para ter direito a votar para presidente da república. Foram dias de luta, na primeira oportunidade que a sociedade brasileira teve de colocar Ulysses Guimarães, brocou. Não votou em Ulysses e pouco tempo depois pagou. O Brasil é sobretudo forte, suporta tanta coisa que vem acontecendo desde a redemocratização. O povo brasileiro é um povo forte”.

Dudé lamentou a morte do Papa Francisco, segundo ele um protagonista de grandes transformações na Igreja Católica por sua humildade e preferência pelas coisas simples. “Um homem que veio para mudar o mundo. Papa argentino, dos pobres, dos humildes, das mulheres, que esteve lado a lado com os marginalizados. O mundo vai sentir a falta desse grande homem, dos seus ensinamentos, dos seus aconselhamentos", lamentou.

Dudé se mostrou indignado com o comportamento de muitos cristãos pelo posicionamento em relação ao papa, imputando a ele características que considera inverídicas, atribuindo tais comportamentos ao fanatismo político e ideológico. “Tudo que estamos vendo é justamente aquilo que ele vivenciou ao longo do seu papado. Um legado sobretudo de reconhecimento das pessoas independente de questões ideológicas e religiosas. Defendeu a participação e respeito a todas as classes", enfatizou.

“Fico entristecido é que alguns que eu vejo, inclusive na fila da comunhão, por questões ideológicas pregam ao papa aquilo que ele não foi. Hoje choram mais de um milhão e meio de católicos, sobretudo os mais necessitados. Se ele recebeu o presidente A, B ou C é porque pediu audiência para ser recebido. Tenho gratidão ao papa, principalmente por ter Santa Dulce dos Pobres, um exemplo seguido de humanidade e humildade”, finalizou.

Por Camila Brito