Câmara Municipal de Vitória da ConquistaAudiência PúblicaNotíciaDiogo Azevedo
15/04/2025 21:37:00
Nesta terça-feira (15), a Câmara Municipal realizou uma audiência pública em celebração ao Dia Municipal do Espiritismo. Iniciativa do mandato do vereador Diogo Azevedo (UB), a audiência contou com a participação de lideranças espíritas e representantes da sociedade.
O ex-vereador Valdemir Dias, que conduziu a audiência, destacou a importância do Espiritismo para a humanidade e as contribuições contidas nas obras de Allan Kardec, decodificador da doutrina. “Cristo é amor e inteligência que precisamos desenvolver”.
O diretor do Lar de Idosos, Enéas Trindade, enfatizou que a Doutrina Espírita leva as pessoas a construírem laços afetivos, tornando-os assim artífices da nossa própria evolução. “A partir desses ensinamentos, ser aquilo que o Cristo espera de nós. Cristo é amor e inteligência que precisamos desenvolver”.
O diretor da União Espírita de Vitória da Conquista, Cleber Flores, falou da transformação provocada pelo lançamento da primeira edição do Livro dos Espíritos, escrito por Allan Kardec e publicado em 1857, “o primeiro livro da Codificação Espírita e o marco inicial da literatura espírita”.
O representante da Federação Espírita da Bahia, Carlos Britto, enfatizou a importância da lei que instituiu o Dia Municipal do Espiritismo em Vitória da Conquista e reverenciou Allan Kardec pelos 160 anos de publicação do livro O Céu e o Inferno, ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, “para que hoje possam desfrutar da doutrina dos espíritos”.
O palestrante Paulo de Tarso Araújo Souza afirmou que Vitória da Conquista desempenha um papel importante na consolidação da Doutrina Espírita, realçando que a sociedade local está envolvida em uma "trama da existência" desde que passou a se organizar de forma mais disciplinada, com a aplicação de leis para estabelecer limites claros as condutas.
"Foi necessário que o processo de leis passasse por sucessivas fases de aprimoramento e mudanças nos graus evolutivos", afirmou, argumentando que a sociedade passou por períodos em que a maior parte das pessoas vivia reprimida por uma pequena parcela da classe que detinha os privilégios
"Classe que mandava e criava todos os códigos de privilégios. Grande quantidade era relegada a uma condição de subalternidade, sem manifestar qualquer tipo de direitos", afirmou, acrescentando que foram necessárias revoltas e mudanças para que a sociedade caminhasse rumo à pluralidade e diversidade. Ele fez referência ao Código Penal da vida futura, presente no livro de Allan Kardec, que se baseia na lei de ação e reação. Segundo o livro, as ações têm consequências inevitáveis na vida do ser humano, pois são leis divinas.