Câmara Municipal de Vitória da ConquistaNotíciaPLIvan Cordeiro
26/02/2025 18:00:00
Falar sobre as demandas e, principalmente, as angústias das mães atípicas de Vitória da Conquista. Este foi o objetivo de uma das agendas do presidente da Câmara na tarde desta quarta-feira (26). Ivan Cordeiro (PL) recebeu uma comitiva de mães de filhos autistas, que representam uma multidão cansada e que se considera desassistida pelos poderes públicos.
Nerisvalda Matos Assunção é uma delas. Mãe de um filho autista de 31 anos e avó de uma neta com TEA de 10 anos, ela convive com o Transtorno do Espectro Autista há muito tempo e observa a falta de preparo dos profissionais que lidam com esse público.
"Nós não temos um plano pedagógico, que é o PEI (Plano Educacional Individualizado). Os profissionais, como por exemplo o cuidador, o auxiliar escolar, são pessoas que terminam o Ensino Médio e vão atuar nas escolas. Ele ou ela, não têm experiência nenhuma com a criança. Então, a nossa preocupação é com relação, principalmente, às crianças não verbais, uma vez que esse profissional não foi capacitado, ele não sabe lidar com essa necessidade”.
Juliana Kauer, mãe de outra criança autista, elogiou a receptividade do presidente e disse que o objetivo da reunião se cumpriu: “Eu acho que ficou claro para o presidente que o nosso quadro de necessidades é amplo e precisa ser atendido por diversos órgãos públicos. São secretarias diferentes, então a gente precisa que a Câmara de Vereadores vista essa camisa conosco e articule, porque a gente não está falando de uma questão que é simples, o autismo é uma questão complexa, e aí ela vai exigir intervenções em estruturas de diversos tipos de órgãos, como saúde, educação, enfim. Então, por conta disso que a gente está procurando a Câmara de Vereadores, porque vemos aqui a possibilidade dessa interlocução maior, que a gente precisa ter com diversos órgãos”.
Segundo Ivan Cordeiro, a Câmara está atenta à causa dos autistas, tanto que os vereadores vêm propondo uma série de projetos voltados para esse público. “A Câmara segue sensível a essa pauta. Já temos vários projetos de leis pensados nessa temática, na importância de dar visibilidade a essa demanda e de chamar o poder público para o seu compromisso com as mães atípicas. Os desafios estão postos na área da saúde, educação, transporte público e vamos tratar também com o poder executivo para que, na medida do possível, a gente faça esse trabalho de intermediação das demandas, já que o Poder Executivo é quem tem a autonomia de executar o que for necessário para poder melhorar a vida dessas famílias”, destacou o presidente.
Por Andréa Póvoas