Nascida em Vitória da Conquista, Cris Rocha construiu uma trajetória marcada pelo compromisso com a saúde pública, a inclusão e o desenvolvimento social. Filha de Lúcia Rocha e Hermes Rocha, foi inspirada desde cedo pelos valores éticos e pela dedicação ao serviço público. Casada com Luiz Alberto, Cris também é uma mulher de fé, católica e ativa na Pastoral Familiar. Atuou também como coordenadora de juventude na Igreja Católica, evidenciando seu compromisso com a família e a juventude.

Seu percurso educacional começou nos colégios Sacramentinas e Juvêncio Terra, em Vitória da Conquista, e foi complementado no Colégio Pitágoras, em Belo Horizonte. Estudou na Faculdade Unifenas em Alfenas e na UnB, em Brasília. Fisioterapeuta de formação, é pós-graduada em Ortopedia e Traumatologia e em Gestão em Saúde, o que alia conhecimento técnico a habilidades de liderança e planejamento.

A vida política sempre esteve presente em sua trajetória. Cris trabalhou de forma voluntária por 15 anos no mandato da vereadora Lúcia Rocha, sua mãe, e na coordenação de suas campanhas eleitorais. Essa experiência foi decisiva para moldar sua visão sobre o papel transformador da política e sua determinação em fazer a diferença na vida das pessoas.

Cris Rocha é a segunda vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Vitória da Conquista para o biênio 2025/2026, vice-presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) municipal e membro do diretório estadual do MDB Mulher, reafirmando sua posição de destaque na política local e estadual.

Com quase 20 anos de dedicação à gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), Cris acumulou experiências relevantes: foram sete anos no Ministério da Saúde, atuando em projetos de impacto nacional; 10 anos na Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista, contribuindo para o fortalecimento da saúde pública no município; dois anos na Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, no Hospital Afrânio Peixoto, onde demonstrou competência na gestão hospitalar.

Além disso, Cris Rocha é reconhecida pela sua luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Ela exerceu funções importantes como vice-presidente do Conselho Municipal de Direitos da Pessoa com Deficiência (2017-2020) e

conselheira no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE), de fevereiro a novembro de 2011.

Em entrevista à Diretoria de Comunicação da Câmara de Vereadores, Cris Rocha demonstrou-se engajada na luta pela ampliação do número de mulheres nos espaços de poder, lamentando que, apesar das diversas conquistas políticas, as mulheres continuam sendo minoria nesses ambientes decisórios. “É fundamental valorizar e incentivar a participação feminina na política”, afirmou.

Como você enxerga a presença das mulheres na política?

A presença das mulheres na política é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Apesar dos avanços conquistados, ainda somos minoria nos espaços de poder e decisão, o que reflete os desafios históricos enfrentados pelas mulheres para ocupar esses lugares. É fundamental valorizar e incentivar a participação feminina na política, para que possamos trazer diferentes perspectivas e lutar por políticas públicas que atendam às necessidades de toda a população, especialmente das mulheres.

Quais são os principais projetos que você pretende implementar em seu mandato voltado para as mulheres?

No meu mandato, pretendo focar em projetos que promovam a segurança, autonomia e valorização das mulheres. Algumas das minhas prioridades incluem: criar programas de apoio às mulheres vítimas de violência, com ampliação e fortalecimento das redes de proteção e acolhimento; promover políticas de geração de emprego e renda para mulheres, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade social; ampliar o acesso a serviços de saúde específicos para as mulheres, incluindo cuidados relacionados à saúde mental, pré-natal e prevenção de doenças como o câncer de mama e do colo do útero;

Incentivar iniciativas de formação e capacitação para aumentar a participação feminina em espaços de liderança e na política. Vamos ainda fortalecer o debate sobre esses temas na Casa. Temos a Sessão da Mulher que acontece anualmente e que foi uma proposta da vereadora Lúcia Rocha, e hoje é regimental. 

O que você acredita que ainda precisa mudar para que a política seja um espaço mais inclusivo para mulheres?

Para que a política seja mais inclusiva, é necessário investir em mudanças estruturais e culturais. Isso inclui a implementação de políticas que promovam maior representatividade, como cotas de gênero em partidos e eleições; o combate ao machismo e à violência política de gênero, garantindo que as mulheres possam atuar em espaços de poder sem sofrer intimidações ou discriminações; a conscientização da sociedade sobre a importância da igualdade de gênero, desmistificando preconceitos e incentivando o engajamento das mulheres desde cedo; o fortalecimento de redes de apoio entre mulheres, tanto na política quanto na sociedade civil, para que possamos nos encorajar mutuamente e enfrentar os desafios que surgirem. A luta pela inclusão das mulheres na política é contínua e depende da união de esforços de toda a sociedade. É hora de avançarmos cada vez mais para que a política reflita, de fato, a diversidade do nosso povo.

*por Fábio Sena e Giselle Trindade