Na sessão desta sexta-feira, 02, da Câmara Municipal, o vereador Valdemir Dias (PT) apontou inoperância da Prefeitura Municipal em áreas como vacinação, transporte público e infraestrutura. O vereador relatou que esteve no posto de saúde do Vila América em busca de vacina, mas “só tinha uma única pessoa na sala de vacinação”. De acordo com ele, em quase duas horas de espera, apenas 10 pessoas foram atendidas. Dias ressaltou que foi informado que faltam funcionários, mas ponderou que a responsabilidade não é do funcionário e sim prefeitura. “É culpa da gestão”, falou.
Em sua fala, Valdemir voltou a criticar a gestão do transporte coletivo. Ele condenou renovação do contrato de emergência para o transporte coletivo, no valor de R$ 60 milhões. “Chama de emergencial, mas de emergencial não tem mais nada porque se arrasta há anos”, disse. O vereador alertou que são “quase R$ 60 milhões em seis meses, isso dá R$ 120 milhões em um ano”. Para ele, “não é à toa, que a prefeitura vem ao longo de alguns anos, da gestão de Herzem [Gusmão] pra cá, usando de expediente de tomar empréstimo de dinheiro em banco a juros de mercado: Finisa I, Finisa II, empréstimo internacional”.
O parlamentar questionou colega que disse que o empréstimo internacional vai demorar para chegar. “Demorar em relação o quê? Demorar em relação à eleição?”, questionou. Ele explicou que caso esse recurso, na ordem de US$ 72 milhões, seja liberado não há necessidade do empréstimo junto à Caixa, no valor de R$ 160 milhões. “Provando mais uma vez que esse empréstimo é eleitoreiro”, afirmou.
Seguindo Valdemir, essa fórmula é conhecida. Ele afirmou que nas eleições de 2022, obras em bairros como Jardim Valéria e Jardim Sudoeste foram iniciadas, mas ficaram no meio do caminho e a população ainda aguarda o asfalto. “Isso é que são obras eleitoreiras”, falou. Dias ainda relatou obras previstas nos empréstimos do Finisa e que não foram realizadas como asfalto no bairro Renato Magalhães e reforma do Ginásio de Esportes. Ele alertou que “poder de endividamento não é poder de pagamento” e que muitas pessoas, física ou jurídica, têm acesso a crédito, mas não têm condição de pagamento, e o mesmo acontece no âmbito do poder público. O parlamentar ressaltou que Conquista tem histórico de prefeitura adimplente, mas que a gestão atual pode comprometer essa conquista. “Vitória da Conquista está ficando endividada”, falou.