Na sessão desta sexta-feira, 05, da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, a vereadora Viviane Sampaio (PT) criticou duramente o projeto de lei Nº 09/2023 enviado à Casa pela Prefeitura Municipal, no qual pede autorização para tomar um novo empréstimo junto à Caixa Econômica. Dessa vez, o Executivo busca R$ 160 milhões.
Para a parlamentar, o projeto é genérico, pois apesar do alto valor, não indica onde e como serão investidos esse recurso em caso de aprovação do empréstimo. “É um cheque em branco eleitoreiro para a prefeita Sheila [Lemos]”, denunciou.
De acordo com a proposta, os recursos serão destinados a obras de construção, reforma e drenagem, mas não especifica onde e nem quando. “Aonde vai ser? Não se diz. O que vai ser construído? O que vai ser reformado? A gente só houve apenas dizer de um ou outro colega”, perguntou.
Ela ainda questionou pressão de colegas ao seu mandato e à Lúcia Rocha (MDB) para votarem a favor do empréstimo porque a prefeitura prevê a implantação um centro de saúde da mulher. Viviane afirmou que não acredita que em apenas um ano e meio a gestão consiga dar conta de um projeto complexo, já que não estaria administrando com competência a saúde municipal. Ela lembrou que o Hospital Esaú Matos coleciona críticas e denúncias de irregularidades.
Viviane taxou de incompetente a administração municipal. “É assustadora”, falou. De acordo com ela, falta competência para gerir um orçamento anual de R$ 1,5 bilhão para que as ações básicas saiam do papel e cheguem à população que mais precisa. A vereadora ressaltou problemas como a paralização dos radares porque a prefeitura não realizou licitação para contratação de empresa para administração das máquinas e a falta de laudos técnicos para os estádios, o que tem impedido a realização de jogos da seleção do Conquista.
Para ela, a prefeita deveria dar “uma canetada em 90% do secretariado”, como sugeriu um radialista. Mas Viviane ressaltou que não se pode retirar a responsabilidade da prefeita pela gestão porque cabe a ela a nomeação dos cargos de confiança, como os secretários. Para ela, a solução é não apenas substituir secretários, mas repensar o projeto político para o município.