O senhor Eunápio Novais, mais conhecido como Napinho, fez uso da tribuna livre da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, na manhã desta sexta-feira, 31, para falar sobre o Conflito Territorial de Vitória da Conquista com o Município de Anagé e demandas do Distrito de José Gonçalves. “É com muita alegria que estou nesta casa para fazer um comunicado importante a todas as nossas comunidades da zona rural que teve o seus territórios tomados a força pelo município de Anagé”, e completou dizendo que entrou prefeito e saiu prefeito e desde 2011 nada foi feito”.
Segundo ele, graças ao esforço e empenho deles, 33 localidades, incluindo Roseira, Boqueirão, Tanque Velho e Úrsula, ganharam a ação do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, o direito de continuarem pertencendo ao município de Vitória da Conquista. Disse ainda, que o processo passou pela Assembleia Legislativa e que alguns parlamentares, de forma “leviana roubaram a favor de empurrar esse povo para Anagé, mas o nome deles serão lembrados na eleição”.
Napinho contou ainda, que o governo do Estado tem 30 dias para atualizar o mapa territorial de Vitória da Conquista e agradeceu todas as comunidades confiou no seu trabalho: “Nós não fomos ali fazer politicagem e sim, um trabalho sério, porque cabe a nossa comunidade saí em defesa, e principalmente, a nossa associação que é um órgão competente com mais de 40 anos de fundação”.
Por fim, ele contou que “infelizmente nós encontramos pessoas desta casa que disse que a gente estava mentindo e que estavam sendo a favor de Anagé, isso é uma política leviana, eu acho que o Brasil, o mundo, tem espaço para todos como todas as comunidades”.
Comentando a fala de Napinho, o vereador e primeiro secretário da casa Legislativa, Ricardo Babão (PCdoB), saiu em defesa dos vereadores relatando o papel da Câmara em todo o processo e questionou Napinho por alguns pontos abordados em seu discurso. Já o Líder da bancada da situação, Edjaime Rosa Bibia (MDB) parabenizou a comunidade pela luta e lembrou que a política está presente em tudo que se faz. “São 30 anos de discussão sobre o plebiscito para resolver a situação de transferência territorial”. Por fim, a vereadora Viviane Sampaio (PT) lembrou que todos os parlamentares participaram ativamente do processo e que a Superintendência fez um excelente trabalho e defendeu que é preciso se realizar o plebiscito para que o problema seja resolvido.