Câmara Municipal de Vitória da ConquistaVereadoresAudiência PúblicaNotícia
26/09/2022 22:23:00
A noite desta segunda-feira, 26, foi marcada pela realização da audiência pública em homenagem aos 100 anos do Rádio no Brasil. Fruto da iniciativa do mandato do vereador Nildo Freitas (PSC), a audiência contou com a participação de diversas personalidades do rádio conquistense. “Estamos aqui para celebrar os 100 anos do rádio no Brasil. Rádio é fascinante, eu me sinto muito feliz de fazer parte do rádio de Vitória da Conquista, me sinto muito feliz”, destacou Freitas.
Ainda em seu pronunciamento, Nildo ressaltou a importância social do rádio. “A gente consegue levar não só o entretenimento, mas a notícia. O Rádio tem papel fundamental na nossa sociedade”, disse o parlamentar.
Rádio é algo apaixonante - Pastor Jarbas Moreira, da Nossa Rádio, iniciou a participação dos convidados, representando as rádios evangélicas: “Quero começar com um versículo bíblico que diz: ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda a criatura. Como pregador afirmo que seria quase impossível alcançar uma quantidade imensa de pessoas se não pudéssemos utilizar um veículo importante como o rádio”, afirmou. Disse ainda que “através dela temos visto o evangelho ser pregado as pessoas, mas também, o entretenimento, as notícias, enfim, uma série de informações. Que Deus abençoe a todos para que possamos prosseguir trazendo informações para nosso público”. E finalizou dizendo: “Eu sou uma criança no rádio, trabalho há 17 anos e sempre utilizei o rádio, que é algo apaixonante e mesmo não vendo, sentimos o calor das pessoas através das ondas do rádio. Que Deus abençoe a todos”.
O rádio FM tem história - O locutor Maciel Jr ( @macieljr.oficial ) falou representando a Rádio UP FM e lembrou que as primeiras vezes em que esteve em uma emissora de rádio foi levado pelo seu pai, o também locutor Edson Maciel. Ele destacou a história do Rádio FM em Conquista. “Vitória da Conquista tem um débito com a história do rádio FM. A história do rádio AM é lindíssima, mas o Rádio FM de Conquista também tem uma história e ela precisa ser contada”, avaliou.
Ele também ressaltou que o rádio é um veículo com a capacidade para se reinventar e se adaptar a cada nova tecnologia lançada. “Tem 36 anos que estou militando no rádio. Desde operador de áudio até a locução. O rádio se reinventa. A cada dia procura o seu espaço”, finalizou.
O rádio não acaba, porque o rádio é companhia - O diretor da Band FM, Marcos Ferreira, parabenizou o vereador Nildo Freitas pela iniciativa de celebrar uma data tão importante com uma Audiência Pública. “O rádio é abrangente, é versátil. Eu acho que se a TV aberta não se reinventar vai acabar. O rádio não. O rádio é companhia: acordamos, trabalhamos, dirigimos, tomamos banho ouvindo rádio. A instantaneidade é que marca o Rádio”, afirmou. “Trabalhei com grandes profissionais do Rádio em Salvador, como Cristóvão Rodrigues e tantos outros, que me ensinaram muito do que sei hoje, relatou” e finalizou fazendo uma comparação: “No dia que entrei na Rádio Bandeirantes em 1º de junho de 2019, com a alegria de um menino comecei a repostar os programas que fazia e recebi uma mensagem de um amigo de tantos anos dizendo que ficou feliz por ver que eu estava me reencontrando depois de tanto tempo de profissão”.
Rádio é fundamental - Através de um vídeo, Clóvis Junior, locutor que trabalhou no rádio conquistense no início da sua carreira, falou do papel do rádio para a sociedade. “O rádio tem um papel fundamental no desenvolvimento da sociedade, que ajuda, é solidário, fraterno, que noticia, que alegra com o entretenimento, que presta serviço”, detalhou.
A rádio integrou o município - Washington Rodrigues, diretor da Clube FM, parabenizando o vereador Nildo Freitas pela iniciativa, ele lembrou que “são 100 anos do rádio presente no Brasil, com muita luta, determinação e perseverança dos que começaram tudo isso”. Lembrando a história, “a primeira transmissão em 16 de Julho de 1889 com o Padre brasileiro Roberto Landell de Moura, aqui no Brasil e anos depois, Roquete Pinto com muita coragem trouxe o Rádio para o Brasil”. Falar disso é difícil para as pessoas entenderem por que hoje é muito mais fácil com as novas tecnologias, mas quando isso não existia o rádio foi muito importante para transmitir as notícias para todo o país”.
“Em Conquista chegou em 1952 chegou com o senhor Aurelino Novaes que trouxe o rádio para uma cidade eu não tinha eletricidade. Ele trouxe, mesmo sabendo das dificuldades e não parou mais. O Rádio Clube é uma escola de comunicadores e que vai comemorar 70 anos no próximo mês de dezembro”. A rádio integrou o município. Ela era usada para comunicação entre pessoas da mesma família. As vezes as pessoas tinham que mandar recado para a família na zona rural e isso acontecia através de um bilhete para a rádio e esses recados chegavam até os familiares na zona rural”.
Grande relevância social - O jornalista conquistense Fernando Sodake, hoje na Rede Bahia de Televisão, lembrou que o rádio faz parte da sua historia. “Eu também comecei como radialista aí em Vitória da Conquista”, contou Sodake. Ele fez coro ao discurso de que o rádio é um veículo de grande relevância social. “Ele pode alcançar milhares de pessoas, de forma positiva, informando ajudando as pessoas. O rádio se fortalece cada vez mais”, finalizou.
Estamos diante de desafios importantes - Nilton Júnior, coordenador da Rádio Câmara, fez um retrospecto da importância do Rádio. “Testemunhamos a rádio passar por diversas fases. Desde sonorizar ambientes das lojas, até chegarmos a Rádio Cidade do Rio de Janeiro, que literalmente explodiu em popularidade, mostrando música de qualidade e mudando completamente a cara do Rádio”. Teve uma época que o “locutor de FM chegou a ser estrela, de até ganhar apartamentos, carros, como luva para trabalhar em emissoras”.
“Se o Rádio FM depender da música ela quebra. Não quebrou porque ela descobriu que pode falar. Ao trazer a radio que era AM para FM teve novamente a fala, ganhando esse novamente espaço, disse”. Lembrou que a Rádio, “no começo só tocava música internacional e com muita qualidade, mas com o tempo isso se banalizou e a música nacional então acabou ganhando espaço com grandes bandas nacionais”, registrou. Na minha opinião “estamos diante de dois desafios, talvez os mais potencialmente perigosos: o primeiro diz respeito a ‘tictoquização’ (como eu chamo) da comunicação. A música está sendo banalizada. As pessoas estão sendo condicionadas a colocar mensagens de poucos segundos, num ritmo alucinante e disciplinando as pessoas a ouvirem apenas algo rápido, superficial, descartável e fútil, e isso é um perigo muito grande. O segundo é a subtração da ideia de mediação entre a mensagem e o consumidor da mensagem. O que tenho ouvido de palavrões, termos chulos, coisas grotescas, desinformação, bobagens, tolices, é impressionante”, finalizou.