Com o objetivo de debater a valorização do tiro esportivo e reconhecer a prática esportiva do Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) de Vitória da Conquista e região Sudoeste, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) promoveu na noite desta terça-feira, 30, uma Audiência Pública sobre o Tiro Esportivo. A iniciativa foi do mandato do vereador Delegado Marcus Vinícius (PODEMOS), e contou com a participação de representantes de diversos clubes de tiros da cidade e região.

É  preciso combater o preconceito que ocorre com os CACS - O proponente da audiência, vereador Marcus Vinícius (PODEMOS), explicou que o objetivo do encontro foi aumentar a união dos praticantes do esporte e combater  o preconceito que ocorre na sociedade brasileira com o Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) como são chamados os atiradores esportivos. Relatou ainda, que o número de ocorrências causas pelos praticantes do tiro esportivo são raríssimas e que o porte de arma para fins esportivos não fomenta a violência e “todos nós temos o direito de usar nossas armas, lógico, aqueles que tenham condições psicológicas para ter um arma”.  Por último, o vereador falou sobre a semana do CAC, que por lei já está presente no calendário de eventos municipais e deve ocorrer a partir do mês de agosto de 2023: “Tenho certeza que ano que vem essa semana será referência não apenas no estado da Bahia, mas em todo o país”.

Existem pessoas boas e ruins em todos os lugares – O Capitão Máximo, Sub Comandante da Companhia Rural falou sobre sua satisfação de estar presente na Audiência e lamentou o fato de a sociedade enxergar o atirador como um criminoso: “Fico triste quando colocam a figura do atirador como um bandido, acho infeliz determinados comentários, é importante lembrar que existem bons e maus em todos os lugares”. Ele falou ainda, que a maioria dos atiradores esportivos são excelentes pessoas e que se sente feliz em tê-los como amigos.  

O cidadão tem o direito de ter a sua arma – O delegado Fabiano Aurich, coordenador da 10ª Corpin agradeceu o vereador pelo convite em participar da audiência afirmando que “Marcus Vinícius está sempre preocupado com os direitos sociais. É importante dizer que o cidadão tem o direito a possuir uma arma”. Sobre o tiro esportivo, ele disse que “quem frequenta os clubes sabe que é uma família, é raro o registro de um acidente nos clubes e é importante valorizar o esporte e as categorias de bens nessa missão”, finalizou.

O crivo para ser um atirador esportivo é penoso - Gil Sala, representante do Clube de tiros Mandacaru, iniciou sua fala destacando o orgulho em ser um colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC) na região de Vitória da Conquista e relatou o difícil processo para que uma pessoa posa ter direito ao porte de arma com fins esportivos: “O crivo que o civil passa para ser um atirador é penoso, por isso reforçamos o direito ao esporte”. Aproveitou a oportunidade para parabenizar e agradecer seus primeiros instrutores e incentivadores do esporte em Vitória da Conquista.

Vitória da Conquista está muito bem representada - Wildson Brito, Presidente do  Clube de tiros CTC  agradeceu ao vereador pelo convite e  parabenizou todos os atiradores esportivos, em especial ao membros do clube de tiros CTC pela presença na Audiência: “ Eu quero agradecer a família CTC pelo incentivo. Nós passamos por um crivo muito grande, afinal, não é fácil se tornar um atirador esportivo, o CAC é marginalizado por algumas áreas da mídia, mas a nossa luta não pode parar”, disse. Wildson também reforçou a importância de Vitória da Conquista no cenário do tiro esportivo regional, e contou que “o clube de tiros Jequieense deu o ponta pé inicial  para que o clube de tiros crescesse em nosso município e hoje, somos cinco clubes na cidade”.

Importância da sociedade discutir o tiro esportivo - Fábio Montenegro, Presidente do clube de Tiro Defesa Armada e Polícia Federal, disse em seu discurso que a sociedade precisa enxergar as armas de fogo como instrumentos de paz: “Por que as pessoas ainda têm essa descriminalização com as armas de fogo? Fico feliz de podermos discutir essas questões e desmistificar o preconceito”. Fábio falou também sobre a união dos atiradores em defesa do esporte. “A gente precisa consolidar o tiro esportivo no Brasil e em nossa região, hoje aumentou em 600% o número de emissões de certificado para ser um Atirador Desportivo e Caçador (CAC) em todo o país e é de suma importância ter união para defesa do nosso seguimento”, finalizou.    

Direito em ter uma arma – O advogado Alberto Barreto destacou que “como cidadão conquistense a gente dá o primeiro passo no fortalecimento do esporte em Vitória da Conquista”. Afirmou que é preciso a sociedade apoiar e fortalecer o tiro esportivo. “É  um direito se defender, ter direito de comprar arma”falou, lembrando que “o projeto de lei que cria a semana do CAC com certeza vai fortalecer nosso seguimento”.

Direito de Escolha - Rubens Dátila, atirador esportivo clube de tiros jequieense disse que o estado cobra o maior imposto do Brasil e que  Vitória da Conquista é o lugar onde o tiro esportivo acontece. Se declarou honrado convite para participar da audiência e ressaltou o fortalecimento da categoria. “Não sou obrigado a ter uma arma em casa, mas eu tenho o direito de escolher. Ter porte de arma não condiz com o aumento da violência”, finalizou.

Contribuir com a sociedade – O atirador Thiago Carvalho , representante  do clube de tiro CTCS destacou que é preciso enxergar os atiradores esportivos de outra maneira: “Os clubes de tiros tem a necessidade de contribuir com a sociedade, possuir uma arma é uma segurança jurídica grande e possui muita responsabilidade”.  

Cenários de burocracia - Cláudio Santiago Representando o Clube Gideão iniciou a fala relatando a burocracia para os donos dos clubes de tiros: “É importante ter um padrão mais claro das coisas, para facilitar a entrada do cidadão no clube de tiro” e se declarou   felizes de está neste seguimento, “não queremos que o cenário mude, mas que melhore as condições para que as pessoas de bem possuam armas”. Finalizou.

Falta interação dos clubes - Raimundo Almeida do Clube de Tiros EDA  ressaltou em sua fala que falta interação dos clubes de tiros: “Precisamos nos unir para que haja a descriminalização do porte de armas por pessoas de bem” e lembrou que com o porte da arma de fogo, a criminalidade tem diminuído e “no clube que eu faço parte, o tiro é ligado para defesa, além de ensinar como conduzir e se portar com uma arma de fogo. É se unir  para que o esporte se fortaleça cada dia mais”, finalizou.

A semana do CAC será um avanço para Vitória da Conquista - Vinícius Cidarta, representante da prefeita Sheila Lemos, ressaltou a importância do Projeto de Lei para a comemoração da semana do atirador esportivo no município de Vitória da Conquista. “Espero que a semana do CAC aconteça em nosso município, a própria prefeita Sheila Lemos demonstrou interesse em ser uma esportista nesse seguimento e já existem muitas mulheres que são CACS”, disse. Por último, ele agradeceu  o convite e ressaltou a ampliação do esporte em Vitória da Conquista e agradeceu aos instrutores e fundamentadores do esporte na região.

A Guarda municipal está à serviço  da população – O Inspetor Rodrigo Souza, representante da Guarda Municipal falou sobre a importância de saber manusear uma arma de fogo corretamente: “ A gente sabe que para ter uma arma é preciso ter conhecimento, a gente da guarda municipal observa os profissionais atirando e percebe a importância de possuir e manusear o armamento corretamente.

Convide sua família para para conhecer o tiro esportivo - José Gilvan,  atirador esportivo há 22 anos contou sua trajetória com o tiro esportivo e com os primeiros campeonatos com o clube de tiros da cidade: “Eu conheci a arma através do exercito e depois da Polícia Militar, participei dos primeiros clubes de tiro da cidade e dos primeiros   campeonatos que aconteceram em 2012”. Falou sobre a alegria de participar da audiência e se colocou a disposição para sanar qualquer dúvida sobre o tiro esportivo.

É preciso pensar muito antes de usar uma arma - Camila Paixão, representante das mulheres no tiro esportivo falou sobre a honra de participar da audiência e de ser uma atiradora esportiva: “É uma honra está aqui ao lado de pessoas tão importantes para o tiro esportivo. Eu comecei a percorrer os campeonatos de tiro e percebo que o esporte tem crescido bastante no âmbito feminino”. Lembrou que “saber manusear uma arma é importante para a nossa própria defesa e você, como atirador, precisa pensar muito antes de usar uma arma”. Por fim, ela descreveu a satisfação em fazer parte do tiro esportivo, afirmando que “virou uma paixão, desejo que mais mulheres conheçam o esporte e passem a ter outra visão”.