Câmara Municipal de Vitória da ConquistaSessão EspecialNotíciaLuis Carlos DudéLúcia RochaValdemir DiasEdjaime Rosa - BibiaFernando JacaréChico EstrellaRicardo Babão
23/03/2022 22:38:00
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizou na noite desta quarta-feira, 23, a Sessão Especial da Campanha da Fraternidade 2022. Pela terceira vez, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheu a educação como tema. Este ano, o tema central é "Fraternidade e Educação", com base no lema bíblico, extraído de Provérbios 31, 26: “Fala com sabedoria, ensina com amor”.
A educação como essência da vida e da esperança - O vereador Fernando Jacaré (PT) iniciou o pronunciamento falando sobre a importância do tema da Campanha da Fraternidade e destacou o seu papel não apenas como representante do legislativo, mas como participante nas atividades pastorais da Igreja Católica; “Quando a gente inicia o tempo da Quaresma, é fundamental refletir sobre um tema como este que é a educação. É preciso não desanimar e ter a educação como base para a solidariedade”, disse. Jacaré ressaltou também as dificuldades das famílias conquistenses em ter acesso a uma educação pública de qualidade e enfatizou que os poderes políticos e toda a sociedade precisam estar unidos com o único objetivo que é ter a educação como essência da vida e da esperança. Neste sentido, disse ele, é preciso ampliar o debate sobre o tema para toda a igreja e para a sociedade.
Educação é o pilar da paz e de uma sociedade sadia - A vereadora Lúcia Rocha (MDB) iniciou o pronunciamento lembrando que o tempo é favorável para à reflexão e discussão sobre a educação no país. “Sabemos que a educação no Brasil possui avanços nas últimas décadas, mas ainda enfrenta desafios estruturais, como a extensão geográfica e a diversidade social”, falou. Citou o desafio do acesso à educação, a qualidade do ensino ofertado e a desigualdade. A vereadora lembrou que a campanha deste ano vem ao encontro dessas necessidades, promovendo o diálogo acerca da realidade educadora no Brasil. “Vale destacar que esse tema foi pensado e impulsionado pelo pacto educativo global, convocado pelo papa Francisco, que propõe uma educação humanizada que contribua na formação de pessoas que se interagem em sociedade e que visam o bem e o cuidado da casa comum”. E finalizou lembrando que “educação é o pilar da paz e de uma sociedade sadia”.
O papel da igreja nos desafios da educação - O vereador Valdemir Dias (PT) destacou o papel importante que a igreja assume para si ao propor anualmente importantes discussões através da Campanha da Fraternidade. “A cada ano nesse tempo quaresmal, a Campanha da Fraternidade nos traz discussões importantes como esse. A igreja está de parabéns por estar trazendo essa discussão. A educação resgata, promove vidas”, destacou Dias.
O parlamentar pontuou que a educação precisa ser vista pelos governos como um investimento. “Nossos governantes têm que tomar mais consciência de que a educação é investimento e não gasto”, frisou. Ele lembrou que a pandemia lançou luz sobre a necessidade de valorização da educação. “Nunca precisamos tanto da ciência e ela vem por meio da educação”, avaliou o edil.
Educação religiosa - O vereador Edjaime Bibia (MDB) afirmou que a Campanha da Fraternidade não pode se restringir ao período da Quaresma. “Esse tema em especial merece atenção de todos nós porque falar em educação é falar em inclusão e justiça social”, afirmou. Nesse sentido, ele destacou o papel dos pais na formação dos seus filhos, ressaltando a importância da educação religiosa como mecanismo de perpetuação de princípios e valores. Encerrou o pronunciamento afirmando que a fraternidade também serve no combate à pobreza e à fome, fazendo chegar comida para quem não tem. “Através da igreja estamos diminuindo essas desigualdades”, declarou.
A educação precisa ser debatida não apenas na quaresma, mas em todos os dias do ano - Em sua fala, o vereador Ricardo Babão (PCdoB) ressaltou a importância do tema da Campanha da Fraternidade voltada para a valorização da educação e disse que, ao invés do legislativo conquistense se ocupar de “brigas desnecessárias”, os colegas vereadores devem ser unir com respeito e sabedoria para debater temas tão importantes como é a educação no âmbito local. “A política foi feita para a gente debater com respeito e sabedoria temas como este, que não pode se limitar apenas à quarenta dias, mas durante todo o ano”, disse. Babão exemplificou a sua família que, apesar das dificuldades financeiras, não deixou de proporcionar a educação a ele, permitindo que se tornasse hoje, representante do legislativo. “O meu partido é o povo, e eu sei as dificuldades que o povo enfrenta pela falta de educação, por isso não podemos deixar de falar deste assunto tão importante”, finalizou.
Levo para a vida os ensinamentos que recebi na Sacramentinas - O vereador Chico Estrela (PTC) relatou que os problemas vão além da educação e lembrou que a religião é o sustentáculo da sociedade. “Ela atenua o terror que temos diante da finitude da vida”. O parlamentar lembrou que “temos ao nosso lado a religião para nos segurar e nos orientar, dando o bom viver". Finalizou lembrando que passou sua infância, juventude e adolescência nos preceitos e conceitos da religião católica: “Hoje, triste, me afastei da religião. Me arrependo de não mais frequentar a Igreja Católica e levo para a vida os ensinamentos que recebi nas Sacramentinas”.
Atenção à educação e valorização dos profissionais - O presidente da Casa, vereador Luís Carlos Dudé (MDB) defendeu maior atenção para a educação e a valorização dos profissionais da educação. “A educação só vai melhorar quando nosso governante darem à educação a atenção que ela merece. Nós precisamos, e muito, avançar mais, precisamos de valorização aos profissionais, este é o grito da educação”, apontou o parlamentar. “Professor tem que ser respeitado”, completou.
Ainda em seu pronunciamento, Dudé defendeu que a Igreja estabeleça uma pastoral permanente voltada para a educação. “É necessário que tenhamos uma pastoral educacional”, sugeriu o presidente.