Alexandre Xandó lamenta morte da travesti Larissa e condena LGBTFOBIA
Câmara Municipal de Vitória da ConquistaSessão OrdináriaNotíciaPTAlexandre Xandó
16/02/2022 10:50:00
Na sessão da Câmara Municipal desta quarta-feira, 16, o vereador Alexandre Xandó (PT) lamentou o assassinato da jovem travesti Larissa. Ele frisou que Vitória da Conquista continua a ser destaque nacional na violência contra a população LGBTQI+ e citou casos de assassinatos nos últimos anos, Tainá, Juliana Brasil, Rafaela e Marquinhos Tigresa. O parlamentar ressaltou que há 13 anos, o Brasil está no topo da lista de países que mais matam pessoas trans no mundo. “Até quando?”, indagou.
O edil contestou a versão de que a morte de Larissa não foi um crime de LGTFOBIA porque teria relação com o tráfico. Ele questionou o porquê de tantas transvestis e transexuais se envolverem com o tráfico, prostituição. “Isso é em decorrência sim da LGTFOBIA”, disse. Xandó pondera que a sociedade exclui e empurra essas pessoas para a margem. “Famílias que expulsam essas pessoas de suas casas, mercado de trabalho que não abre vagas”, exemplificou. Apontou ainda a falta de políticas públicas para esse segmento, como é o caso da Vitória da Conquista. Em sua fala, o vereador se solidarizou com a família de Larissa e com a população LGBTQI+. “Saibam que o nosso mandato segue firme em defesa de vocês”, afirmou.
Piso salarial – Xandó cobrou da prefeitura o cumprimento da lei do piso salarial dos professores de forma que se respeite o plano de carreira da classe. Ele explicou que a lei do piso salarial foi criada em 2008, na gestão do presidente Lula, e prevê reajustes anuais, sendo que este ano foi de 33,24%. Diante do anúncio da prefeita Sheila Lemos (DEM) de que vai dar o reajuste, o vereador questiona: “Esse reajuste vai ser para todos os professores ou vai ser somente na base da tabela?”.
Xandó afirmou que não se pode aceitar “uma jogada como essa” porque reajustar apenas na base da tabela vai de encontro ao plano de carreira dos professores. Ele explicou que o plano prevê uma diferença de 4% entre as classes e de 1,98% entre os dois níveis, caso contrário, ocorre um achatamento da tabela “e a destruição da carreira dos professores”. O vereador afirmou que está ao lado dos professores e defendeu que o reajuste seja em a tabela.