Servidores do Samu 192 de Vitória da Conquista, que desempenham a função de Tarm Off, participaram de uma reunião na Câmara de Vereadores, na manhã desta sexta-feira, 22, para pedir a ajuda do Poder Legislativo no diálogo com o Governo Municipal sobre melhorias salariais para a categoria, que recebe o piso de R$ 1.100, e uma CET de R$ 280,00. 

O tarm off é o técnico auxiliar de regulação médica que recebe a ligação do cidadão para o 192 e direciona o caso para um médico regulador, que, após verificar a urgência do procedimento, acionará um rádio operador, o qual ativará a ambulância mais próxima ou adequada à gravidade. Segundo eles, a atividade é muito estressante e requer uma estrutura psicológica para quem a exerce, devido à pressão sofrida no atendimento. 

“O ideal seria a insalubridade, porque não é fácil atender pessoas que sequer sabem dizer o endereço, o nome e o que a vítima tem, além de ouvir situações que mexem com o nosso emocional”, argumentaram. Ao todo, 24 técnicos atuam como tarm off no Samu 192, atendendo pessoas de Vitória da Conquista e de vários municípios da Região Sudoeste. Eles trabalham durante 12 horas seguidas e folgam 36. 

Durante a reunião, que contou com a presença do presidente da Câmara, Luís Carlos Dudé (MDB), dos líderes das bancadas de Situação, Edjaime Rosa Bibia (MDB), e de Oposição, Valdemir Dias (PT), e do líder do Governo, Chico Estrela (PTC), além do procurador Rafael Nunes, os vereadores mantiveram contato com o secretário de Administração, Kairan Rocha, e pediram para ele [Kairan] analisar a possibilidade de aumentar a CET para R$ 1.200,00, como forma de compensar os servidores pelo desgaste sofrido no desempenho da atividade. O secretário prometeu analisar o impacto financeiro que o aumento ocasionará aos cofres do município e garantiu que na próxima semana dará uma resposta sobre a questão. “Vamos analisar e ver se é possível conceder esse valor ou se faremos uma contraproposta”, disse. 

Também na reunião, o presidente da Câmara propôs uma visita ao Samu 192 para conhecer o trabalho dos técnicos. “Queremos conhecer o trabalho desses profissionais para não só entender, mas também ajudar a melhorar as condições de trabalho deles naquilo que a Câmara puder fazer”, afirmou Dudé.