Durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), realizada na manhã desta sexta-feira, 4, realizada por meio do Sistema de Deliberação Remota, o vereador Valdemir Dias (PT) criticou os gastos excessivos da prefeitura com os contratos emergenciais que estão mantendo o transporte coletivo em funcionamento. “Mais uma vez, renovou-se o contrato emergencial. Estamos para dois anos e meio de contrato emergencial”, disse Dias, em tom crítico à renovação no valor de R$ 15 milhões.

Ele ressaltou a necessidade de licitação para que os recursos do Tesouro Municipal possam ser utilizados em outras áreas, como, por exemplo, o combate à Covid-19. “Esses gastos realmente têm que tirar de algum lugar. Tem recursos para sustentar o sistema, mas não tem para manter os leitos clínicos?”, questionou ele, relacionando o uso de recursos para bancar o contrato com as empresas que operam emergencialmente o transporte coletivo na cidade, com a falta de verbas para manter leitos clínicos de Covid-19. “Os cofres públicos não aguentam mais. Chega!”, reclamou o líder da Bancada de Oposição.

Valdemir comparou a situação do transporte coletivo com uma ferida. “É uma ferida que se avolumou, está gigante e a gente não tem uma luz no fim do túnel”, disse. Ele ainda questionou se alguma empresa terá interesse em operar o transporte público da cidade, quando a licitação finalmente for aberta. “Qual empresa vai desembarcar em Vitória da Conquista com o atual sistema totalmente desorganizado?”, perguntou.

Transparência – O vereador cobrou mais transparência na gestão da Emurc, empresa da Prefeitura Municipal. “Consultando o site da Emurc em relação a seus contratos, quando e gente entra no site e clica nos contratos aparece apenas os resumos, não abre o contrato. Ela precisa colocar os contratos no site para que a gente tenha acesso. A Emurc precisa prestar contas de seus contratos para que a gente possa fazer um acompanhamento minucioso”, exigiu Valdemir.