Na sessão da Câmara de Vereadores desta quarta-feira (03), realizada por meio do Sistema de Deliberação Remota (SDR), a vereadora Viviane Sampaio (PT), Líder da Bancada de Oposição, frisou sua adesão à campanha antifascista, como “mulher, vereadora, cristã e enfermeira”. Outra campanha defendida pela parlamentar é a “Somos 70%”, que defende a democracia brasileira e faz duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para ela, o momento é de união, independente das opções partidárias de cada um. Sampaio ainda declarou apoio à proposta do colega Professor Cori (PT) de a Casa realizar um debate sobre a defesa da democracia brasileira. Ela também defendeu a Constituição Federal de 1988 como uma grande construção popular. “Somos contrários a qualquer ataque à democracia”, disse.
A vereadora frisou que o atual presidente “não compreendeu a gravidade da Covid-19” e lamentou que o gestor, maior autoridade do país, faça descaso das mais de 30 mil mortes já ocorridas em decorrência do vírus afirmando que a morte é o destino de todos. “Será que realmente 31 mil brasileiros estavam com o destino marcado para morrer? Ou, realmente, é uma culpa, do governo federal em não adotar as políticas sanitárias efetivas?”, questionou. Viviane frisou que durante a pandemia já caíram dois ministros da Saúde, um cargo estratégico no ministério pediu demissão e o país convive há mais de 20 dias com um ministro interino. “Nós estamos como se fosse num barco à deriva”, lamentou.
Em sua fala, a Líder da Oposição criticou a Prefeitura Municipal por não pagar insalubridade aos profissionais que estão na linha de frente de combate ao novo coronavírus. Ela ressaltou que a gestão foge do tema ao ser questionada sobre essa demanda. A vereadora relatou que em reunião ocorrida ontem [02] com o secretário municipal de Administração, Kairan Rocha, o tema foi levantado, mas a prefeitura não deu nenhuma resposta concreta. “Tudo é vai estudar e no final a nota é zero”, disse Sampaio. Ela afirmou que até o momento a gestão não apresentou nenhum plano para esses servidores. Para ela, a Casa deve buscar o Ministério Público para pressionar a prefeitura a adotar medidas de apoio a esses profissionais.
A vereadora também apontou irregularidades no novo formato do Boletim Epidemiológico da Covid-19. Segundo ela, falta transparência na nova formatação. “Eles suprimiram os dois campos, de pessoas aguardando coleta e de pessoas aguardando resultado, e, provavelmente somaram em investigação. Eu creio que se deve voltar ao formato anterior”, falou. Para ela, outra preocupação é a aglomeração no Centro da cidade. Segundo Viviane, a gestão deve reforçar a fiscalização.
*Fotografia de arquivo. As sessões estão acontecendo remotamente.