A senhora Iranilde Marinho, do loteamento Cidade Bonita, utilizou a tribuna livre da Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira (22), para reivindicar, mais uma vez, providências para as famílias sem-teto do loteamento. “Desde aquela desapropriação desastrosa de Herzem que derrubou todas as casas, as pessoas não têm mais para onde ir”, lamentou.

Iranilde criticou a postura do chefe do executivo que, segundo ela, “vai à imprensa publicar inverdades, mas nada foi feito pelas famílias. Inúmeras reuniões com os vereadores e com a vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Social, Irma Lemos, já foram realizadas. Lemos ficou de marcar uma agenda com o prefeito há um ano e 3 meses e até agora não foi agendada”. Ela contou ainda que o Ministério Público está no caso. “Eles colocaram um especialista para fiscalizar o local que, segundo a PMVC, é área de preservação e o Ministério Público detectou que uns 40% não são [área de preservação], mas ele [prefeito] colocou todos na rua”.

Ela explicou ainda que estão com um processo para ressarcir bens morais e materiais aos ocupantes, entretanto ainda não obtiveram sucesso. “Vim aqui pedir encarecidamente que a Comissão de Habitação nos ajude nessa mediação para tentarmos resolver a situação das famílias. Até hoje não teve a disponibilidade de um aluguel social para aquelas pessoas”, disse Iranilde, pedindo à Câmara uma comissão para ajudar no diálogo com o prefeito. “Eu presenciei na área que dizem ser de preservação ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente descartando lixo. Lá se tornou um grande lixão e o prefeito diz que ali é área de preservação. Não serve de moradia porque serve de lixão para a secretaria que deveria preservar”, falou.

Finalizou dizendo que “registramos a associação daquele lugar para que o prefeito possa disponibilizar a área para habitação popular, mas até agora não conseguimos falar com o prefeito”.