“Este é um ano de muita luta. Iniciamos com a tragédia de Brumadinho, o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, o massacre em Suzano, na mesquita de nova Zelândia e agora estamos vendo o governo provocar um verdadeiro massacre com a reforma da previdência”. Foi assim que o vereador Coriolano Moraes iniciou seu pronunciamento na manhã desta sexta-feira (22), durante a sessão da Câmara.
Ele disse que reforma deve ser feita sim, mas para acabar com os privilégios. “Deve-se combater a apropriação indébita”, afirmou, salientando que “as grandes empresas tiram do trabalhador e não repassam à previdência”. Citou como exemplo a JBS: “Teve R$ 8 bilhões de lucro e deve R$ 1,8 bilhão para a Previdência Social. Por que o governo não colocou que essas empresas não podem atuar no país até quitarem suas dívidas com a previdência?”, questionou.
Cori citou ainda a questão dos bancos: “O Bradesco e o Itaú devem a Previdência Social. O Bradesco deve quase R$ 500 milhões em um ano à previdência. Sarney tem uma aposentadoria de R$ 100 mil, Temer de R$ 68 mil, mas querem tirar o direito do trabalhador, que ganha um salário mínimo, de se aposentar”.
Para o parlamentar, são os altos salários que quebram a previdência. “O professor só aposenta com 60 anos, são 30 anos de contribuição. O BPC (Bolsa Continuada por Invalidez) passa a ser de R$ 400 e só após os sete anos”, lamentou, questionando: “Como posso dizer que temos um estadista no governo? A idade mínima para se aposentar não poderia passar dos 60 anos”.
Finalizou relembrando que “o que quebra a previdência é o alto salário do grande escalão. “Só a União tira 20% da previdência. Tem que se acabar com os privilégios, como a Viação Vitória aqui em Conquista que tirava do trabalhador e não repassava para os cofres públicos”.