A vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) iniciou sua fala na manhã desta sexta-feira (22), durante a sessão ordinária realizada na Casa do Povo, cobrando melhorias na saúde da zona rural. “Quero reiterar a fala da colega Lúcia Rocha (DEM) sobre o distrito de Bate Pé. Os moradores daquela localidade estão revoltados com o atendimento que está sendo oferecido no posto de saúde”. Segundo ela, o senhor Juzelino se sentiu mal e procurou atendimento no posto: “mas chegando lá foi informado que apenas seis senhas são distribuídas por dia”. Nildma disse que ele voltou para casa sem atendimento e no inicio da noite veio a óbito. Ribeiro convocou a Comissão de Saúde da Câmara, que tem a vereadora Viviane Sampaio (PT) como presidente, para faz uma visita à comunidade e ao posto de saúde de Bate Pé.
Recanto das águas – Nildma cobrou também, providências para aas ruas do bairro Recanto das Águas. “As ruas do bairro estão abandonadas. Peço ao secretário de infraestrutura que faça uma visita ao bairro e execute o cascalhamento e patrolamento das ruas, principalmente da rua E”, solicitou.
Reforma da Previdência – Outro assunto tratado pela parlamentar foi a proposta da Reforma da Previdência apresentada pelo Presidente Jair Bolsonaro (PSL), que ela chamou de “Pacote da Maldade”. Indignada, ela relatou pontos da proposta que prejudicam o trabalhador: “O governo propõe a redução de 100% para 60% o valor da aposentadoria por invalidez, coloca ainda uma proposta que destrói a aposentadoria especial dos trabalhadores das áreas insalubres com fixação de idade mínima”. Ainda indignada com as propostas apresentadas, a vereadora continuou relatando pontos que aparecem na proposta: “A pensão por morte é destruída, com redução de 100% para 50%, e acaba a reversão das cotas, acaba o BPC da LOAS, que será substituído por uma renda miserável de R$ 500,00 e R$ 750,00. Tem ainda o abono salarial de um salário mínimo que será pago apenas para quem ganha um salário mínimo (e não até dois salários mínimos, como atualmente).
Nildma ainda falou sobre os servidores público que têm direito à aposentadoria integral e poderão exercer o direito somente aos 65 anos de idade, e os professores e professoras aos 60 anos de idade. “A Previdência Social será extinta para os novos trabalhadores, que serão vinculados a uma previdência privada. Ela ainda virá acompanhada da ‘carteira de trabalho verde e amarela’, sem CLT, sem os direitos dos acordos coletivos e sem previdência pública”, lamentou.
A fixação da aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 para mulheres também foi citada pela vereadora, além de acabar com a regra 85/95 para segurados do INSS e servidores públicos, que terão outra regra de 105 pontos para homens e mulheres. Por fim, ela lembrou que a proposta ainda propõe aposentadoria integral apenas com 40 anos de contribuição e a aposentadoria dos pobres que aumenta de 15 para 20 anos de contribuição. “Essa proposta de reforma praticamente acaba com a aposentadoria dos trabalhadores rurais”, finalizou.