Na sessão ordinária dessa sexta, 23, o vereador Valdemir Dias (PT), Líder da Bancada de Oposição, apontou que o prefeito Herzem Gusmão (PMDB) acabará herdando o apelido “Pereira Malvadeza”, relembrando alcunha atribuída a um famoso político baiano em outros tempos. O parlamentar repudiou o governo municipal pela derrubada de um ponto comercial no Gancho, tradicional parada de ônibus na cidade. segundo ele, o ponto existia desde a década de 1980 e foi ao chão numa ação desrespeitosa e truculenta por parte da prefeitura.  

Valdemir frisou que a gestão municipal está colecionando ações que retiram direitos como a desocupação no Cidade Maravilhosa, o não pagamento de 13º salário e terço de férias a servidores e o veto ao projeto que regulamentava a atuação dos carros de som. No caso da derrubada da barraca do Gancho, ele ainda salientou que a prefeitura não deu assistência nenhuma à proprietária, não disponibilizou veículo para transportar os móveis, que ficaram exposto na rua. Valdemir lembrou que a proprietária, Dona Eni, vinha pagando IPTU e alvará, além de ter a escritura, o que não impediu a ação da prefeitura. O parlamentar afirmou que todos são favoráveis a melhorias estruturais na cidade, mas não de forma truculenta.

Em nota, a prefeitura informou que a derrubada foi em atendimento à uma decisão judicial. Em sua fala, Valdemir afirmou que a Bancada de Oposição, via requerimento, solicita à prefeitura cópia do despacho da Justiça autorizando a desocupação daquela área. Ele ressaltou que as pessoas estão buscando seus direitos e acusou a prefeitura de governar para os ricos. “Ou será que se fosse um rico ali naquele local, Dona Eni seria despejada?”, disse.

Balão de ensaio – O Líder da Oposição criticou duramente a gestão municipal. “O que nós estamos vendo é um total desrespeito ao cidadão”, falou. Ele frisou que o prefeito vem se comunicando através de “uma rádio”, por meio de emissários. “Joga as notícias na mídia para saber a reação da população. Que governo é esse? Ele pensa que ainda está no rádio?”, questionou.

Valdemir avalia que, apesar de representar uma população de mais de 350 mil habitantes, não apresentou nenhum projeto novo. “O que nós estamos vendo um total desmando do atual governo”, disse e emendou. “Todas essas pavimentações que estão aí foram recursos deixados e aprovados pelo antigo prefeito, Guilherme Menezes”, detalhou.

O edil continuou os questionamentos. “O que esse governo tem para nos apresentar de novo? É o Cemitério do Kadija fechado. É a feira do bairro Brasil sem a limpeza. É o corte de horas extras dos funcionários enquanto os comissionados estão com os contracheques cheios”, detalhou.

Em sua fala, ainda criticou o veto do Executivo à lei aprovada pela Câmara que regulamentava os carros de som, amplamente discutida com o segmento e lamentou a manutenção do veto por votação na Casa. Para ele, um sinal de subserviência da Câmara. Valdemir afirmou que se trata de um desrespeito ao trabalhador.

Confira o discurso do vereador: