Câmara Municipal de Vitória da ConquistaSessão Ordinária
29/09/2017 11:45:00
Na sessão ordinária dessa sexta, 29, o vereador David Salomão (PTC) comentou episódio em que foi detido, durante paralisação da Polícia Militar. “Eu não tenho nenhum problema em falar sobre ele. Falaram sobre a minha prisão no ano de 2012, quando aqui nessa Casa defendia os interesses da segurança pública do estado da Bahia”, detalhou. Ele frisou que “me levantei contra um ladrão chamado Jaques Wagner, que na época era governador desse estado. Ladrão, pilantra, bandido. Envolvido com a Odebrecht, envolvido com o esquema da refinaria de Pasadena”. Ele explicou: “Me levantei, naquela ocasião, me indispondo acerca do absurdo dele investir mais em propaganda política do que em segurança pública. Mandaram me prender, chamaram o Exército. O movimento teve repercussão internacional. Saiu no jornal Al Jazeera. Passaram a minha prisão em horário nobre no Jornal Nacional”.
Ele afirmou que não se calou diante da represália. “Não escondo de ninguém esses fatos. Diferentemente dele [Jaques Wagner] que é um ladrão que foi nomeado agora na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Veja como estamos: na mão de um ladrão. O destino da economia da Bahia na mão de um ladrão”, falou. Ele questionou porque a operação Lava-Jato não chegou à Bahia para “prender você, ladrão. Sua hora vai chegar”.
Em sua fala, Salomão invocou o artigo 114º da Constituição Federal que dispõe: “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas”. Para ele, não é o que vem acontecendo na Bahia. “Observem a situação da segurança pública no estado da Bahia: policial, profissional de segurança pública foi covardemente assassinado na cidade de Salvador”, citou. O vereador veiculou áudio atribuído ao policial militar Fabiano Fortuna e Silva, baleado ontem durante uma tentativa de assalto em Salvador. Fortuna não resistiu ao ferimento e faleceu.
Salomão foi taxativo: “A Bahia pede socorro. Quando isso acontece com um funcionário de segurança pública que é preparado para enfrentar o crime, imagine o que está acontecendo com o cidadão que não tem preparo? ”. Ele cobrou uma solução. “As instituições precisam se posicionar, tomar vergonha na cara, visitar a família desse membro da segurança pública do estado da Bahia. Os Direitos Humanos não são para proteger marginal”, disse. Ele afirmou que um país que não valoriza o profissional de segurança pública é um país de joelhos.