Imagem SESSÃO ESPECIAL: Moradores da zona rural denunciam falta de água

SESSÃO ESPECIAL: Moradores da zona rural denunciam falta de água

Arquivo

05/04/2017 14:30:06


Aconteceu nesta quarta, 5, sessão especial na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) para debater o problema da escassez de água no município. Apesar das fortes chuvas nos últimos dias, Conquista vem há quase um ano sofrendo com o racionamento de água. A audiência foi proposta pelo vereador Rodrigo Moreira (PP) e obteve o apoio de todos os demais vereadores. Durante a sessão moradores de diversas localidades do município relataram os problemas que vem enfrentando com o não cumprimento do calendário de racionamento pela Embasa e com alterações na distribuição de água por caminhões pipa.

[caption id="attachment_18231" align="alignright" width="300"] Elinete Cruz[/caption]

A representante do povoado de São Domingos II, Elinete Cruz, contou que os moradores da localidade enfrentam problemas com a falta de água na região. Além disso, segundo ela, a água que chega vindo de São Sebastião não recebe o tratamento devido e é salobra. “Ela é contaminada”, disse Elinete sobre a água. Ela pediu que a água que chega até o novo presídio seja enviada também para a região de São Domingo para atender à população local.

[caption id="attachment_18232" align="alignleft" width="300"] Dalvani Gomes[/caption]

De acordo com Dalvani Gomes, do povoado de Piripiri, o povoado tem enfrentado dificuldades pois a comunidade não tem recebido água nos períodos corretos e quando a água chega, está suja. Além disso, segundo ela, nem todos possuem reservatório para armazenar água para que possa utilizar nos períodos de interrupção do fornecimento.

[caption id="attachment_18233" align="alignright" width="300"] Jamile Santos Melo[/caption]

Já Jamile Santos Melo, do povoado das Barrocas, pediu explicações à Embasa sobre o porquê a empresa não permite que outros órgãos atue nas comunidades com o abastecimento de água. “Recebemos 55 caixas, poço artesiano da Cerb e a Embasa não autorizou a instalação lá. Sendo que a Embasa não tem atendido desde setembro do ano passado. Precisamos de água, temos água na comunidade, mas não estamos podendo usar por causa da Embasa”, alegou. Jamile questionou também à Defesa Civil, solicitando o porquê do abastecimento do carro pipa só está sendo feito em algumas casas. “ Ai até as pessoas idosas, gestantes, pessoas com dificuldade de locomoção precisam ir na casa dos vizinhos para pegar água”, disse. “Queremos avanços e não retrocessos”, completou.

[caption id="attachment_18234" align="alignleft" width="300"] Jordan Rodrigues[/caption]

Jordan Rodrigues, pequeno produtor da região Lagoa do Zé Luís e militante do Partido Socialista Brasileiro (PSB), afirmou que as ações junto ao Ministério da Integração Nacional para solucionar o problema hídrico de Vitória da Conquista, começaram a 20 anos atrás. “Naquela época, quando tínhamos alguns secretários no governo do nosso presidente Lula, o senhor Ramon Rodrigues, do PSB, já recebia as solicitações da prefeitura de Conquista para resolver essa questão da água. A bancada do Nordeste e da Bahia, todos os deputados foram como prioridade no Congresso Nacional pela construção da barragem do Rio Catolé”, contou. “É louvável que o atual prefeito tenha ido à Brasília, mas não só essa ação que garantiu o recurso”, completou. Para Jordan essa foi uma conquista coletiva.

[caption id="attachment_18235" align="alignright" width="300"] Marli Silva Sena[/caption]

A moradora de Rancho Alegre, Marli Silva Sena, reclamou que a Defesa Civil abastece apenas a casa da coordenadora da localidade obrigando os moradores a terem que carregar água de lá para suas casas. Segundo ela, antes o caminhão distribuía direto em cada casa. “Fica longe pra gente pegar água. Eu mesma tenho gente deficiente em casa. Eu gostaria de saber por que que só tá botando na casa da coordenadora pra gente pegar?”, questionou. Marli ainda denunciou que a coordenadora está comercializando a água, cobrando R$ 5 a cada viagem. “Nós temos dinheiro onde? Lá não tem trabalho. Eu quero saber porque o motivo nós estamos abandonados?”, lamentou.

Marli afirmou que sabe que a água quem vem é para consumo doméstico, mas, “infelizmente, nós usamos para tudo, porque nós não estamos tendo outra água”. A moradora explicou que o vereador Rodrigo Moreira está articulando a perfuração de um poço, o que pode aliviar a situação da localidade. Ela ainda especulou que, pela proximidade ao Iguá, região que tem água encanada, Rancho Alegre poderia receber um sistema de abastecimento de água.



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