22/03/2017 14:44:16
Usando a tribuna livre na audiência especial desta quarta-feira (22) que tratou sobre a reforma previdenciária, Genivan Neri, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia - APLB, falou sobre a situação atual do país e as mudanças e retrocessos que o governo federal está tentando aprovar, segundo ele, esse comportamento a população não aceita mais. “É criminoso esse avanço da reforma previdenciária. Não vamos aceitar isso. Toda a rede municipal e estadual está paralisada, adesão completa, adesão à greve. Estamos buscando apoio para ampla divulgação para que as demais classes se juntem a essa luta também”, afirmou.
Genivan fez críticas também à emenda de terceirização “Vamos voltar para condições de trabalho piores do que as que antecederão a era Vargas, a tendência é precarizar cada vez mais”, disse. O sindicalista pediu aos vereadores que cobrem dos parlamentares em Brasília que votem contra a PEC 287.
[caption id="attachment_17549" align="alignright" width="300"] Adair Aparecida[/caption]O vice presidente do SIMMP, Adair Aparecida, fez uso também da tribuna livre, e afirmou que ser professor no nosso país e a mobilização que estão fazendo mostra que ainda são importantes. Segundo Adair, o governo federal só recuou um pouco em medidas da PEC devido a paralisação dos professores pelo país.
“ Imagine quando todas as classes aderirem também. O governo só vai recuar se o povo for pra rua. Só iremos conseguir barrar essa PEC da maldade se a luta for coletiva”, completou.
[caption id="attachment_17543" align="alignleft" width="300"] Aliny Souza Ribeiro[/caption]“Nós não queremos ser professores. Nós somos professores” – A representante dos monitores de creches e escolas do município, Aliny Souza Ribeiro, afirmou que a luta é pelo reconhecimento da categoria dentro do quadro do magistério. “A nossa função, além do cuidar, é educar. As mesmas funções de um professor do Fundamental I, no caso as atividades pedagógicas, nós também fazemos nas creches e nas escolas”, explicou. Aliny pontuou que desde 2011, o Conselho Nacional de Educação e o Ministério de Educação deram autonomia aos municípios para regularizar a função desses profissionais. “Há mais de seis anos, este município, um dos maiores do estado da Bahia, ainda está aquém. Municípios de todo o país já regularizaram essa situação e Conquista continua desse jeito. Mas, nossa categoria não vai mais aceitar essa situação”, disse.
Segundo ela, são mais de 400 monitores atuando em escolas e creches. “Cuidamos de crianças de dois e três anos e educamos também. O nosso salário é de R$ 937,00 para fazermos dupla função. Enquanto o professor, que também faz as mesmas coisas que nós fazemos, de 40h, ganha R$ 2.298,00. Isso é uma vergonha para a categoria”, explicitou. Aliny advertiu que “não estamos aqui para trabalhar de graça para governo nenhum. Nós elaboramos um documento que vai ser entregue a partir do mês de abril no gabinete dos senhores para que tomem conhecimento”. Ela assegurou que a categoria não fere a legislação. “Nós não queremos ser professores. Nós somos professores”, disse ao se referir ao concurso de 2013 que para o cargo de monitor havia a exigência curso normal de magistério. Ela ainda ressaltou que quem representa a categoria é o SIMMP.