Na tarde desta terça, 20, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) promoveu audiência pública sobre os efeitos do fechamento de agências do Banco do Brasil e do eventual fechamento das superintendências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal no município.

O funcionário do Banco do Brasil, Saulo Santana, afirmou que a proposta de reestruturação do banco vem num momento em que a influência do dinheiro está no auge no país. “Nós temos visto o poder econômico se sobrepor até mesmo aos ideias sociais”, afirmou. Para ele, esse cenário vem minando as conquistas sociais que o Brasil alcançou e que os bancos públicos contribuíram enormemente. “Tiveram um papel fundamental na ampliação das políticas públicas e na defesa da população”, disse. Saulo afirmou que apurações dão conta de que a Superintendência do Banco do Brasil em Conquista será fechada por uma questão geográfica, o que causa perplexidade. “Não é uma questão econômica. Pelo que nós apuramos houve um corte dentro do estrado da Bahia, estado que é muito grande. Entendeu-se que era muito mais fácil dividir a superintendência de Vitória da Conquista entre as superintendências entre as de Itabuna e a de Barreiras”, informou. O bancário advertiu que a militância do segmento deve se engajar mais fortemente na luta pelos bancos públicos e de formas mais criativas e eficientes.

Representando o prefeito eleito, Herzem Gusmão (PMDB), Paulo Rocha disse que em seus 30 anos de serviço ao Banco do Brasil conheceu bastante o funcionamento do Banco, sendo, inclusive, gerente. Segundo Rocha, alguns esclarecimentos são necessários. Ele assegurou que o fechamento da Superintendência Regional do Banco do Brasil inviabiliza o funcionamento do banco em Vitória da Conquista. Ele apontou que a Superintendência Regional de Vitória da Conquista representa desempenho superior a todas as regionais do interior da Bahia. Ele destacou que o fechamento da superintendência representa um grande prejuízo para a cidade. Paulo apontou que o prefeito eleito Herzem Gusmão já enviou ao Banco do Brasil, através do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB - BA) dados concretos que apontam a importância da superintendência regional da cidade, e a presidência do Banco do Brasil já estuda rever a decisão.

Igor Sena, funcionário do Banco do Brasil, na agência da Praça do Barão do Rio Branco que deverá ser fechada, informou que se trata de 20 funcionários e sete colaboradores deverão ser atingidos com a medida. “Dizem que vão realocar a gente. Não temos muita certeza”, afirmou. Ele frisou que além das perdas pessoais, o pacote de reestruturação causará prejuízos a toda a população. “Quem tomou a medida de fechar, tomou a decisão de fechar acho que não conhece a cidade de Vitória da Conquista, não sabe das necessidades, do fluxo, da localização das agências”, lamentou. Segundo ele, a agência da Avenida Régis Pacheco atende toda a zona oeste da cidade, pessoas em trânsito, de passagem pela cidade, o fluxo excedente de outras agências, comerciantes da Avenida Integração (Rio-Bahia).