20/12/2016 18:35:42
Durante a audiência pública sobre os efeitos do fechamento de agências do Banco do Brasil e do eventual fechamento das superintendências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, os vereadores Cícero Custódio (PSL) e Coriolano Morais (PT) se mostraram contrários à essa política de cortes.
Custódio lembrou que passou pelo Banco do Brasil como Menor Aprendiz e como estagiário na década de 90 e contou que naquela época várias agências foram fechadas e agora a preocupação volta a rondar os cidadãos conquistenses.
Ele apontou que o atendimento do Banco do Brasil vem sendo precarizado a algum tempo em Conquista, devido ao fechamento de postos de atendimento, mas disse ter certeza de que o banco não sofrerá novos ataques na cidade devido à força de mobilização política da sociedade conquistense.
[caption id="attachment_15643" align="alignright" width="300"] Professor Cori (PT)[/caption]O vereador Professor Cori (PT) questionou o projeto de reestruturação do Banco do Brasil e criticou a postura do presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, que ao ser entrevistado pela jornalista Mirian Leitão afirmou que a reestruturação é necessária para atender aos investidores, retornar a confiança deles na economia. O parlamentar lembrou que os bancos vêm registrando lucros. Segundo dados coletados por ele, de 2002 a 2010, o lucro anual do Banco Itaú saiu de R$ 2,37 bilhões para R$ 13,3 bilhões. Só em 2015, o Itaú teve uma rentabilidade de lucro de mais de R$ 23 bilhões. “Quando a gente vem para o Banco do Brasil, ele sai de uma rentabilidade, em 2002, de R$ 2,02 e vai para R$ 11,7 bilhões. Quando a gente chega no ano de 2015, R$ 14,4 bilhões de lucros. E o cidadão vem dizer que esse banco precisa de rentabilidade porque os seus acionistas precisam aumentar sua confiança”, disse.
Segundo Cori, o patrimônio do Banco do Brasil vem sendo construído pelos seus funcionários e clientes. O vereador conclamou bancários e a sociedade a assumir uma postura combativa em relação às essas medidas do governo federal. “Isso aqui [a Câmara] tinha que está lotado. Desde a pessoa que trabalha na limpeza ao superintendente que está sendo demitido. Se vocês não conseguirem fazer uma conscientização para mobilizar por dentro as pessoas essa voz de luta não chega nas ruas”, afirmou.