14/12/2016 11:25:33
Durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, nesta quarta-feira, 14, o policial militar Maximiniano Oliveira ocupou o espaço da Tribuna Livre para cobrar a valorização dos policiais. Ele relatou que a um mês viu uma enquete num programa de TV em que uma apresentadora pedia a seus convidados que escolhessem entre salvar um PM ou um traficante e dos 11 convidados apenas um optou em salvar o PM. “Quando vi essa decisão me veio uma sensação de indignação, de raiva, de ódio”, disse ele.
Maximiniano lamentou a escolha dos convidados do programa (Encontro Com Fátima Bernardes, da Rede Globo) e também a ausência de movimentação dos três poderes reconhecidos pela Constituição: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário “Não vi por parte de nenhum dos Poderes uma nota de repúdio a partir dessa indagação”, lamentou o policial. “Se nesse momento essa sessão está sendo realizada, se o comércio está aberto, se as faculdades e escolas funcionam é porque milhares de homens e mulheres estão nas ruas para garantir a harmonia da sociedade”, completou ele se referindo aos policiais federais, civis e militares.
O policial militar disse que o discurso de que “o marginal é uma vítima da sociedade” é vitimista. “O marginal é marginal porque ele escolheu ser”, disse o militar. “O bairro Pedrinhas tem cerca de 10 mil moradores e destes cerca de 50 são marginais, ou seja, menos de 0,5%. Todos eles tiveram as mesmas oportunidades e nem por isso todos são marginais”, disse Maximiniano, que metaforizou em referência à relação às pessoas que cometem crimes: “Quem poupa a raposa sacrifica as ovelhas”.
Oliveira deu destaque ao ser orgulho de ser policial. “Eu tenho orgulho de ser Policial Militar e a maioria dos policiais militares pensam como eu”, orgulhou-se. “Nós estaremos nas ruas todos os dias defendendo o direito de ir e vir. A única coisa que a gente pede é o reconhecimento”, finalizou ele.