Imagem Outubro Rosa é tema de sessão na Câmara de Conquista

Outubro Rosa é tema de sessão na Câmara de Conquista

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28/10/2016 10:46:18


sessao_outubro_rosa28_out_16_108A Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) realizou nessa sexta (28), sessão especial para debater a “Campanha Outubro Rosa”. A solicitação foi apresentada pela vereadora Maria Lúcia Rocha (DEM), através do requerimento 67/2016.

A Mesa foi composta pelas vereadoras Irma Lemos (PTB) e Maria Lúcia Rocha (DEM); pela Dra Monalisa Ferraz; a presidente da Casa do Amor, Maria do Carmo Gomes Cândido; da Assistente Social Ieda Gomes Cardoso; e da Psicóloga Daniele Froes Vasconcelos.

[caption id="attachment_14534" align="alignright" width="300"]Irma Lemos (PTB) Irma Lemos (PTB)[/caption]

A vereadora Irma Lemos disse que “falar do Outubro Rosa ainda é muito tímido, porque ainda são feitas algumas ações individuais. Já era para as mulheres terem algo concreto para executar no Outubro Rosa”. Afirmou que há algumas atividades na Praça Nove de Novembro, e em outras praças, mas já está na hora de juntar, escolas, a cidade e fazer um grande evento de conscientização. “Muitas mulheres ainda não acordaram para o câncer de mama”. Acrescentou que são poucas as que fazem mamografia, sugerindo que ginecologistas do poder público conscientizassem as mulheres sobre o câncer de mama, ensinando sobre o auto exame e a necessidade de se procurar um médico quando sentir uma dor diferente. “Nós sabemos que o câncer no começo tem cura”, citando o exemplo de um irmão curado do câncer de próstata. Lamentou que a Casa não estava lotada. “O interesse é muito pouco. Tem que começar nas escolas, nas associações de bairro, temos que procurar uma porta para levar as mulheres o perigo que corre. Importante fazer os exames”, desejando a diminuição a cada ano dos índices de câncer de mama. “Procure seu médico e faça seu exame”.

[caption id="attachment_14535" align="alignleft" width="300"]Lúcia Rocha (DEM) Lúcia Rocha (DEM)[/caption]

A vereadora e proponente da sessão, Lúcia Rocha (DEM) iniciou seu discurso lembrando que “Outubro é o mês do  combate ao câncer de mama, e essa campanha visa alertar a população para a importância da prevenção do câncer mais comum em mulheres em todo o mundo”. Ela relatou ainda que quatro a cada dez mulheres diagnosticadas com câncer de mama vão morrer da doença: “Esse é um dos índices mais altos do mundo”. Rocha alertou para a prevenção e lembrou que apresentou na CMVC um projeto que se une a diversas cidades e países para que no “Outubro Rosa se ilumine de rosa os monumentos de Conquista durante todo este mês sendo sinal de alerta às mulheres”. Por fim, a vereadora afirmou que esse é o momento de pensar sobre a responsabilidade de se cuidar.

[caption id="attachment_14536" align="alignright" width="300"]Monalisa Ferraz Monalisa Ferraz[/caption]

A mastologista Monalisa Ferraz destacou a importância da discussão do tema a fim de estimular a detecção precoce do câncer de mama. “Quando não se detecta o câncer inicialmente, ele pode atingir outros órgãos, órgãos vitais podendo levar até mesmo à morte”, disse ela. A médica estimulou o autoexame e o acompanhamento através de exames como a mamografia. “A sociedade brasileira de mastologista recomenda que entre os 35 e 40 anos seja feita uma mamografia e a partir dos 40 anos seja anual”, apontou. De acordo com o que foi apontado por Dra Monalisa, a detecção precoce do câncer de mama aumenta em até 95% as chances de cura. “A cura existe, é totalmente tratável”, disse a médica. Ela alertou também para o fato de que homens também podem desenvolver a doença, apesar do baixo risco.

[caption id="attachment_14537" align="alignleft" width="300"]Maria do Carmo Gomes Cândido Maria do Carmo Gomes Cândido[/caption]

A Presidente da Casa do Amor, Maria do Carmo Gomes Cândido disse que a realidade em que convive é diferente da apresentada pela Dra. Monalisa Ferraz. “O público que temos é de mulheres pobres, que não tem o conhecimento e não tem ninguém para alertar”. Acrescentou que a incidência é grande e que os pacientes raramente tem a cura, por demorar na detecção da doença. “Uma paciente foi detectada com o câncer, há oito meses atrás, fez quimioterapia, rádio e agora chegou ao tumor cerebral e está sem visão. O local onde habitam não tem alerta. Ninguém que se interessa. São mulheres analfabetas, aparece o tumor e não é chamada a atenção para o que fazer”. Sugeriu que nos lugares onde as mulheres habitam, deviam ser estimulados para fazer o auto exame. “Perdemos mulheres novas, com 30, 32 até 27 anos pela falta de conhecimento”. Acrescentou que “fazemos trabalho na cidade. Temos grupos que fazem trabalho domiciliar. Nessas visitas alertamos sobre a prevenção”.

[caption id="attachment_14538" align="alignright" width="300"]Ieda Gomes Iêda Gomes[/caption]

A assistente social, Iêda Gomes, relatou todo o seu processo no tratamento do câncer de mama: “Tive câncer há 15 anos, tirei as duas mamas e estou completamente curada”. Iêda lembrou que 90% dos casos de câncer de mama podem ser curados e “logo que detectei o problema já tomei as precauções. Fazia os exames constantemente”. Lembrou das dificuldades ao descobrir o problema, “é muito duro mas ajuda a nos fortalecer”. Ela relatou que o câncer mata, assim como qualquer outra doença. “Tive o recurso para fazer o tratamento, mas infelizmente tem pessoas que não podem fazer o tratamento”, lamentou. Segundo ela, é muito fácil mandar fazer os exames, mas é difícil a pessoa da periferia conseguir fazer. “O tratamento é demorado e muitas vezes a mulher não consegue levar até o fim”. E finalizou dizendo que existe uma palavra, “resiliência, que é a capacidade de enfrentar certas coisas, de enfrentar as coisas e conseguimos viver do mesmo jeito. Goste muito de você mesmo, pense mais em você”.

[caption id="attachment_14540" align="alignleft" width="300"]Daniele Vasconcelos Daniele Vasconcelos[/caption]

A psicóloga Daniele Vasconcelos falou sobre os aspectos emocionais e psicológicos dos pacientes diagnosticados com câncer. Ela explicou que no primeiro momento o paciente se sente sentenciado à morte. No caso das mulheres, o medo da mutilação também a atinge. “Para as mulheres a mama tem uma representação bastante significativa. Ela tem uma representação social, uma representação de gênero e da maternidade”, detalhou a psicóloga. Ela explicou que cada mulher tem uma reação diferente por ter uma personalidade diferente. Daniele Vasconcelos também esclareceu que a psicologia trabalha na ressignificação dos sentimentos envolvidos na detecção do câncer, mostrando para a mulher que ela é capaz de superar a doença, tendo melhor controle sobre os sintomas negativos.



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