22/06/2016 18:14:39
Na sessão especial sobre a crise hídrica que vive Conquista, realizada nesta quarta, 22, na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), o vereador Professor Cori (PT) destacou a regulação do abastecimento de água do município como o principal desafio da Embasa. Ele reconheceu avanços obtidos pela empresa como a ampliação da rede de esgoto, que hoje atende 85% das residências conquistenses. Para Cori, o feito é um marco na política brasileira.
O parlamentar lembrou as causas do racionamento de água como a estiagem que a região vive nos últimos cinco anos. “Vitória da Conquista tem uma estabilidade para baixo, ou seja, de redução dos índices pluviométricos na região”, preocupou-se. À pouca oferta de chuvas, somam-se outros fatores, questionados por Cori: “Quais são os projetos, de fato concretos, para a gente resolver a situação? É a construção da barragem do Rio Catolé. Qual caminho está sendo feito: quatro licitações foram realizadas, várias licitações desertas e ainda não se concluiu esse processo. O que fazer?”.
Ele mesmo propõe uma solução. Segundo Cori, a legislação permite a realização de um contrato direto quando vários processos licitatórios são frustrados, como o que vem ocorrendo. O parlamentar frisou que é necessário fazer uma discussão com os órgãos de controle para que esse procedimento seja feito. “Por que isso? Porque essa construção é estimada em torno de cinco anos”, disse. A apreensão de Cori é que a média de ocorrência de chuvas em Conquista já é baixa e a vazão dos reservatórios que abastecem a cidade já não atende a demanda. Ele advertiu que é necessário tomar providências urgentes.
Em sua fala, o vereador destacou a importância de a população mudar de postura. Para ele, os problemas de rede devem ser notificados à empresa. “Em nossas casas, muitas vezes, nós usamos caixas de descarga indevidas, que consomem muita água”, frisou. Ele propôs que a Embasa, com apoio da Câmara e Prefeitura, faça uma campanha de substituição dessas descargas por outras mais econômicas.
Cori comentou a atuação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA). “O INEMA precisa reavaliar a sua ação. Não dá para gente está discutindo racionamento em Vitória da Conquista e um bombeamento está acontecendo aqui do lado sem controle, com pessoas, que sem outorga, estão utilizando esse sistema. A gente tem que chamar o INEMA à sua responsabilidade e cobrar dele, porque esse papel não é da Embasa”, detalhou.