Imagem Câmara discute questão hídrica com Embasa, Barra do Choça e Estado

Câmara discute questão hídrica com Embasa, Barra do Choça e Estado

Arquivo

17/05/2016 18:50:49


agua17_Mai_22Aconteceu nesta terça-feira (17) reunião na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) que discutiu a questão hídrica da região, especialmente o racionamento de água em Conquista, anunciado pela Embasa na última segunda (16), denúncias de irrigação ilegal, situação das barragens Água Fria I e II e do rio Catolé.

O encontro foi provocado pela CMVC e contou com a participação do presidente da Casa, Gilzete Moreira (PSD), do vereador Luciano Gomes (PR), do secretário de Agricultura de Barra do Choça, Eric Fabiano Silva, do representante da Associação dos Irrigantes de Barra do Choça, Valter Félix, do Diretor de Segurança Hídrica da Secretaria Estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), Marcello Nunes de Abreu, do secretário de Meio Ambiente de Conquista, Carlos Teles, e do Gerente da Unidade Regional da Embasa, José Olímpio. Além deles, marcaram presença representantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Prefeitura de Vitória da Conquista, Universidade Federal da Bahia, Câmara de Vereadores de Barra do Choça.

O presidente Gilzete Moreira explicou que provocou a reunião em decorrência da iminência do racionamento de água no município, e porque a Casa vem pautando este tema em sessões, audiências e outras atividades. Moreira expressou preocupação com denúncias feitas no encontro. Ele defende outros encontros e ampliar o debate.

agua17_Mai_15O secretário Eric Fabiano defendeu uma discussão ampla e permanente sobre a questão hídrica da região. Ele lamentou que o tema só ganhe repercussão em época de crise. “Infelizmente Vitória da Conquista só volta os olhos para a questão hídrica quando falta água nas torneiras”, disse. Eric lembrou que o problema da falta de água está atrelado a vários fatores – climático, perfil do consumo, infraestrutura e degradação de nascentes e rios. O secretário sublinhou que seu município não pode ser o único penalizado e frisou que a prefeitura vem tentando contornar o problema que não é local, é regional.

O secretário Carlos Teles destacou a gravidade da situação. Ele acredita que ações de recuperação do rio Catolé e sua capacidade associadas a obras estruturais como a barragem do rio Pardo são a saída para a crise hídrica. O funcionário da pasta, Lázaro Ribeiro, presente na reunião, informou que Conquista está executando um projeto de identificação de nascentes, seus níveis de degradação, além de escuta de comunidades ribeirinhas.

agua17_Mai_10Já José Olímpio, da Embasa, disse que a empresa “está fazendo a parte dela”. Olímpio contestou as críticas de que a Embasa não realiza ações de recomposição de matas ciliares. Segundo ele, é necessário que os municípios apresentem projetos consistentes. Ele ainda lembrou que a Embasa não contribui com a degradação de nascentes e rios. O profissional explicou que o projeto de barragem do Rio Catolé já passou por três licitações, todas fracassadas, não apareceram empresas interessadas. Em sua fala, José Olímpio falou que os orçamentos estão sendo atualizados e o novo valor deve ficar em cerca de R$ 140 milhões. O novo orçamento será ainda submetido à Caixa.

Segundo Valter Félix, da Associação dos Irrigantes de Barra do Choça, ninguém quer deixar Conquista sem água, mas não se pode ignorar as necessidades hídricas dos pequenos agricultores de seu município. Ele afirmou que o problema não é provocado pelos “pequenos” e sim os grandes fazendeiros. Valter denunciou que existem grandes fazendas de cafés, na casa dos 800 mil pés, que possuem estruturas de captação de água superiores as da Embasa. Ele sentenciou: “Fechem as grandes bombas”.

O Diretor Estadual de Segurança, Hídrica Marcello Nunes, ponderou que a Bahia vive um déficit hídrico generalizado. “Os índices pluviométricos estão efetivamente diminuindo”, falou. Ele explicou a Secretaria Estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento divide a gestão das águas com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Este é quem faz as fiscalizações. Marcello defende o uso equilibrado da água que garanta o consumo humano, mas também consiga dar conta da agricultura. O diretor falou que o governo estadual está focado na construção de barragens e outras obras estruturais.



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