06/05/2016 13:27:47
Na sessão desta sexta-feira (6) da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), o vereador Arlindo Rebouças (PSDB), líder da Oposição, pediu serenidade e maturidade aos colegas para resolver o impasse sobre as denúncias de desvio de água do rio Catolé. “Muitas vezes, na Tribuna nós falamos coisas até meio ásperas. Mas, a gente não pode seguir isso aí. A gente tem que esfriar a cabeça, pensar no coletivo”, recomendou.
O parlamentar reconheceu as queixas de Barra do Choça, pois “o que está em jogo é a renda do município, é a produção de alimentos”. Para ele, o momento é difícil e pede a união dos edis. “Nós não podemos ficar, em hipótese alguma, um contra o outro. Nós temos que dar os braços e ir à luta”. Arlindo ressaltou que é preciso acirrar a cobrança ao governador do Estado para investimentos em melhorias hídricas em Barra do Choça, queixa antiga dos moradores. “O governador só faz promessas”, disse. Ele lembrou que o governador prometeu em palanque a construção da barragem, mas até agora não cumpriu o prometido.
Em sua fala, Arlindo Rebouças comentou que se aproxima o vencimento da outorga da Embasa e que a Câmara vai ter que avaliar uma possível renovação. “Espero que o prefeito não mande de última hora para que aprovemos de qualquer jeito. Que possamos fazer um estudo melhor”, falou. Ele pediu que a Casa verifique a data exata do vencimento da outorga.
Segundo Arlindo, a Embasa é uma caixa preta. “Ninguém sabe quanto ela arrecada e quanto ela gasta. Quando vai fazer investimento em esgoto é o governo do Estado que faz com o dinheiro dos nossos impostos. E o dinheiro da Embasa vai para onde? Essas empresas que prestam serviço à Embasa, como são pagos esses serviços? São pagos de maneira correta? Como é fiscalizada a prestação de serviços dessas empresas? Ninguém sabe. Parece que o dinheiro quando chega lá é dinheiro sem dono”, questionou.
O vereador explicou que enviou uma solicitação de esclarecimentos à Embasa, mas não foi respondido. “Eu não estou culpando o dirigente da Embasa que não tem culpa nenhuma. São paus mandados. São pessoas que se interessam pela cidade, mas não tem a capacidade de decisão, de fazer o que deve ser feito”, falou. Rebouças sugeriu a realização de uma sessão especial no dia 18 para discutir o problema hídrico da região. Ele propôs que a Câmara convide os municípios vizinhos. Ele defende um pacto pelo rio Catolé e lembrou que recuperar uma nascente é processo longo e complexo.
Regulamentação fundiária – O edil informou que na tarde desta sexta-feira ocorrerá uma reunião entre a Câmara e membros da Procuradoria do município para discutir os documentos entregues a moradores do Henriqueta Prates e do Vila América.