Na sessão desta quarta-feira (27) da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), o vereador Arlindo Rebouças (PSDB), líder da Oposição, afirmou que o distrito de José Gonçalves tem sofrido com ações consideradas abusivas. “Praticadas por quem? Por alguns policiais. Imagina a contradição. Não é pela polícia, são alguns policiais”, falou. Segundo o parlamentar, José Gonçalves já teve problemas sérios de segurança, sobretudo incidência de roubos: “Nós lutamos e conseguimos, junto com a comunidade, colocar uma base comunitária. Olha, graças a Deus, melhorou muito”. Mas, agora “abordagens violentas” tem assustado moradores. “Como pais de famílias, pessoas sérias, pessoas honestas, que eu conheço há mais de 30 anos”, disse.

Conforme o parlamentar, eles “estão invadindo as casas das pessoas atrás de espingardas. Invadindo sem ordem judicial e com toda a brutalidade. Tratando os pais de família como se marginais fossem. Eu gostaria de convidar esse policial para morar na zona rural e não usar nenhuma arma. Quero ver se ele tem coragem”. Arlindo disse que tem “certeza, pelo que eu conheço, pela seriedade, o comandante Edmário jamais ia dar essa ordem para esse cidadão”. Segundo o vereador, casas têm sido invadidas, pois os policiais não têm mandato. “Quer dizer, brigamos para a polícia estar lá e hoje o pessoal está intranquilo”, falou.

Para Arlindo, além da seca, do desemprego, o morador do campo é ainda “perseguido, tem que pagar advogado para fazer a defesa perante a justiça”. O edil sublinhou que a violência não está nessas pessoas. Arlindo alertou para o avanço da dengue no bairro Jurema. “Gostaria de pedir a Secretaria de Saúde que desse uma passadinha lá”, falou.

Proibição – Em sua fala, o parlamentar voltou a criticar a atuação da prefeitura em relação aos permissionários do Shopping Popular. Ele leu um informativo encaminhado pela Coordenação de Serviços Básicos, órgão da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, aos comerciantes. Segundo o documento, desde 13 de abril, eles estão proibidos de utilizar em seus boxes geladeira, frigobar, micro-ondas, fornos e fogões. A coordenação justificou a medida dizendo, no próprio informe, que as instalações elétricas do equipamento foram projetadas para suportar carga máxima de 3500w por box. A medida tomada seria para garantir a segurança e impedir o desarme de disjuntores.

Para Arlindo, a determinação é mais um empecilho para os comerciantes. “Eu gostaria que a Câmara fosse visitar o Shopping, um deserto. A quantidade de boxes lá, tudo fechado. Manda o prefeito agora abrir botequim para os secretários dele. Disseram que tinha tanta gente querendo esses boxes. Tá lá, uma vergonha para Vitória da Conquista”, disse o edil.