O vereador Arlindo Rebouças (PSDB), líder da Bancada de Oposição, questionou o requerimento da sessão especial ocorrida nesta sexta-feira (8), de autoria do vereador Florisvaldo Bittencourt (PT). Segundo Rebouças, o requerimento solicitava uma sessão para discutir o Programa Mais Médicos no município e seus efeitos na comunidade, mas na prática se restringiu à atuação dos médicos cubanos no programa. “Ele poderia ter feito um requerimento para homenagear os médicos cubanos, que são altamente merecidos”, disse.

O parlamentar reconheceu o trabalho dos médicos cubanos em Conquista, mas lamentou o que considera falta de reconhecimento dos governos brasileiro e de Cuba.  “Quanto é que recebe um Mais Médico brasileiro? R$ 10 mil. Quanto é que recebe um cubano? Não chega a R$ 3 mil. e o restante vai para onde? Por que confiscar o salário do trabalhador?”, criticou.

Rebouças criticou a fala do advogado Alexandre Xandó, representante da OAB. “Quando a gente generaliza a coisa a gente já está errado. Toda profissão, toda atividade, tem um picareta e tem um sério”, assinalou ao se referir às críticas que Xandó fez aos médicos brasileiros. Ele lembrou que uma de suas filhas é médica e já atuou, com bastante profissionalismo, no programa, atendendo na zona rural de Conquista, disse o vereador.

Em sua fala, o edil ressaltou que pagar bons salários é também valorizar os profissionais da saúde. Ele frisou que a saúde pública enfrenta vários problemas como a falta de estrutura e a própria escassez de médicos nas unidades de saúde. “Temos que discutir também é o médico chegar e não ter maca para atender, não ter uma cadeira, não ter água para lavar as mãos. E nós temos isso em Conquista. Não tem a mínima condição. Eu falo porque conheço. Quantas pessoas estão nos postos de saúde com aquele resultado de exame grampeado e não acha um médico para abrir e saber o que ele tem? Um ano e meio para conseguir um raio-X. Isso é saúde? Isso é pensar no SUS?”, criticou.