05/04/2016 19:28:25
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) realizou nessa terça-feira (5) uma audiência pública para discutir o Dia Nacional do Sistema Braille, comemorado todo dia 8 de abril. A ação é de autoria dos vereadores Gilzete Moreira (PSD), Cícero Custódio (PSL) e Professor Cori (PT).
[caption id="attachment_10920" align="alignright" width="300"] Cícero Custódio[/caption]O vereador Cícero Custódio (PSL) disse que conhece as dificuldades enfrentadas pelos deficientes físicos. “Eu sou deficiente físico, tive poliomielite aos dois anos de idade e eu vi e sinto a dificuldade que um deficiente físico passa na vida. No locomover, na escola, nas atividades físicas e com a família”, falou o parlamentar.
Cícero disse ter se recusado a se aposentar e ver a vida passar dentro de casa. “As pessoas falavam o deficiente físico tem que aposentar e ficar em casa. Eu decidi estudar, ser alguém na vida”, disse ele. “Nós não temos que parar com essa luta”, completou Cícero, que destacou ainda as dificuldades enfrentadas por instituições como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que está precisando fazer campanhas nas ruas para conseguirem adquirir um carro. “Isso é um absurdo”, avaliou Cícero.[caption id="attachment_10921" align="alignleft" width="300"] Gilzete Moreira[/caption]O presidente da Casa, Gilzete Moreira (PSD), e um dos autores da audiência, parabenizou o esforço dos alunos especiais e seus professores na busca por inclusão e conhecimento. “Uma das coisas boas da vida é servir. Jesus nos deixou um grande exemplo porque Ele veio para servir e não para ser servido. Eu fico realmente feliz quando vejo as pessoas lutarem por isso”, falou. Gilzete lamentou que o pouco público numa audiência que tratou de um tema prioritário. “Mas, o importante é que a casa legislativa vem sempre lembrando, ela não esquece. Porque ela reconhece o valor que é esse trabalho”, disse. O presidente ainda convidou Iraildes Cunha para falar na tribuna livre da Câmara. Ela, que é deficiente visual, conseguiu ser aprovada na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Para Moreira, são exemplos como esse que comprovam a importância do braille.