17/02/2016 11:46:09
Na sessão desta quarta-feira (17) da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), o vereador Florisvaldo Bittencourt (PT), Líder da Bancada de Situação, voltou a falar sobre violência. Ele relatou a morte de mais uma pessoa, um jovem assassinato ontem (16). Mais uma vez, o edil conclamou os poderes estabelecidos para uma coalização que resolva essa situação. Dessa vez, ele abordou a situação dos conjuntos habitacionais do programa federal de habitação, Minha Casa Minha Vida.
Para ele, o programa é uma revolução ao possibilitar a milhares de famílias a aquisição da casa própria. “É importante que esses conjuntos, e isso está previsto no programa, tenham um acompanhamento. Inclusive está previsto no programa recursos para esse acompanhamento”, explicou. Segundo ele, esse dado é importante porque, os conjuntos não têm acompanhamento desde que foram entregues. “Se nós procuramos nos noticiários vamos perceber algo que é perigosíssimo, que é o tráfico [de drogas] se instalando nesses conjuntos, aproveitando a vulnerabilidade social dessas famílias”, denunciou.
Para Bittencourt o enfrentamento da problemática requer uma ação de estado em todos os âmbitos, federal, estadual e municipal. “O tráfico quando se instala num desses conjuntos ele está contando que vai ocorrer fiscalização, que aquelas famílias que receberam moradia não tem aparo do para se proteger”, detalhou. O vereador defende o combate a quem trafica no varejo, mas, sobretudo a quem abastece esse mercado criminoso. Para ele, existe um “tribunal de morte” que vem resultando nos números de execuções bárbaras. “As pessoas estão sendo fuziladas porque querem criar um Estado paralelo, mas nós não podemos permitir”, alertou.
Ele cobrou uma postura firme dos órgãos públicos: “O Ministério Público está instalado em Vitória da Conquista pra quê mesmo? O Judiciário está instalado em Vitória da Conquista pra quê mesmo? Isso é figura do Estado. Agora responsabilizar o policial que está dentro da viatura, [dizendo] que ele é quem tem que resolver isso é sínico da nossa parte”.
Ele ainda pediu ao prefeito Guilherme Menezes que ajuste a Diretoria de Habitação. “Eu acho que a diretora não sabe o que ela representa”, falou. Ele afirmou que uma empresa foi contratada para constituir as direções condominiais nos conjuntos, mas os moradores escolhidos estão abandonado seus postos porque não existe acompanhamento da Diretoria. “O que vai acontecer? Mais um espaço para que o tráfico ache um ninho perfeito para se instalar”, afirmou. Ele acredita numa solução coletiva e que o prefeito e demais órgãos públicos veem nesses conjuntos uma oportunidade de revolução nas condições de vida da população.