05/08/2015 11:30:00
Na sessão ordinária desta quarta-feira (5) da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, o representante do Comando de Greve do INSS na Bahia e região sudoeste, Salomão Boanerges, usou a Tribuna Livre para expor as principais questões e reinvindicações levantadas pelo movimento. Na próxima sexta-feira (7), servidores da instituição, em todo o país, completarão um mês de paralização. “É uma greve coesa, muito forte em todo o país, é uma greve justa”, detalhou Boanerges.
Segundo o representante, o movimento busca melhores condições de trabalho para os servidores e, consequentemente, uma melhoria na qualidade dos serviços ofertados à população. Ele informou que o servidor que se aposenta hoje tem uma perda de 50% do seu salário, já que as gratificações conquistadas, enquanto ativo, não são incorporadas ao salário e nem à aposentadoria. Isso faz com que o servidor postergue a aposentadoria, esclarece Boanerges.
O comando reclama ainda ações de capacitação e reciclagem para os funcionários. Conforme Boanerges, o servidor é direcionado para o atendimento ao público sem treinamento prévio, o que compromete o serviço. Além disso, os grevistas apontam a falta de modernização do INSS. O sistema utilizado pela instituição data da década de 1990 e, segundo o representante do movimento, está defasado. Outra bandeira é o reajuste salarial. O movimente pede 27,5%. O Ministério do Planejamento propôs um reajuste de 21,3%, dividido em parcelas nos próximos anos. “Isso o comando de greve, os servidores em greve, não vai aceitar”, explicou. Ele pontuou ainda que os usuários do INSS que solicitaram algum serviço serão atendidas após a greve, levando em conta a data de solicitação da agenda, feita pelo site do órgão ou telefone.
O vereador Florisvaldo Bittencourt (PT), líder da Bancada de Situação, defendeu o movimento. “A luta do trabalhador desse ser permanente e firme. Nossa posição, como Líder de Situação, é justamente de deixar a nossa posição solidária ao segmento do INSS e ao da Saúde, e colocar essa Casa à disposição”, disse.
O vereador líder da bancada da oposição, Arlindo Rebouças (PROS), ao comentar o uso da Tribuna Livre disse que entrou na Previdência Social em 1980. Afirmou que naquela época se falava em Plano de Carreira e que nunca saiu do papel. Sobre a questão salarial disse que “o servidor quando aposenta perde 40 a 50% dos seus vencimentos. Um absurdo”. Considera que a greve é justa. “Há uma defasagem de mais de 1500 servidores na previdência social”.