20/02/2015 12:50:00
O vereador Florisvaldo Bittencourt (PT), líder da Bancada da Situação, em sua fala na sessão especial realizada nesta sexta-feira, 20, ressaltou o motivo do encontro: “Nós não estamos aqui discutindo o modelo, se é fundação ou se deixa de ser fundação. Isso não é o pano de fundo. O que nós estamos debatendo aqui é sobre promover a vida e salvar vidas”. Ele afirmou está emocionado com os casos relatados e destacou que “só para nós vocês poderiam dizer isso, só para o nosso governo, porque vocês identificam em nós alguém responsável e capaz de resolver esse problema”.
Bittencourt lamentou pela dor das famílias que perderam entes, mas advertiu para a necessidade de se olhar pra frente: “Nós não podemos refazer no tempo, mas podemos sim ajustar e fazer com que o serviço seja ainda melhor. Nós precisamos sim preservar essa joia que é o Esaú Matos”.
Ele afirmou que quando a gestão do PT assumiu a prefeitura o hospital se encontrava sucateado e que hoje “é investido mais de R$ 30 milhões por ano dos cofres do Tesouro Municipal para manter funcionando com o objetivo de salvar vidas”. Ainda reconheceu que existem algumas questões que precisam ser aprofundadas. “Tem médico que não quer trabalhar no serviço público, que são escalados e não comparecem ao plantão. Nós gostaríamos que as autoridades constituídas tivessem a coragem de processar esses médicos”, denunciou. Para ele, “nós temos uma batalha contínua para enfrentar na saúde pública”.
O parlamentar defende que uma das soluções é aumentar o controle social por meio, por exemplo, de um projeto de lei de sua autoria que “obriga os hospitais públicos e conveniados a ter na entrada o nome do médico, com a matrícula e o diretor clínico para que ele seja responsabilizado”. Para o vereador é uma forma de manter o cidadão informado e que o mesmo poderá recorrer caso seja negado o atendimento.
Ele ainda defendeu que culpar a secretária de Saúde, o diretor da Fundação de Saúde de Vitória da Conquista ou o governo é fugir do problema central. “Devemos sim preservar o Esaú Matos, devemos sim lutar para que o Esaú Matos se estabeleça cada vez mais no atendimento da saúde, porque se a família de Itambé veio para Vitória da Conquista, veio porque acredita no serviço”, enfatizou.