25/11/2014 18:30:00
A possibilidade de Vitória da Conquista perder parte de seu território está mobilizando a Câmara Municipal, por meio dos vereadores Arlindo Rebouças (PROS) e Coriolano Moraes Neto Cori (PT). Na tarde desta terça-feira (25), eles se reuniram com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Balbino Vieira Santos, para pedir o apoio da entidade na luta contra a Ação de Inconstitucionalidade (ADI), movida pelas Prefeituras de Anagé e de Jânio Quadros, para revogar a Lei Estadual 12.564/2012, que atualiza os limites dos municípios que integram o Território de Identidade de Vitória da Conquista, a exemplo de Anagé, Planalto, Barra do Choça, Ribeirão do Largo, Encruzilhada, Cândido Sales e Belo Campo.
Caso a ADI seja acatada pela justiça, boa parte do Distrito de José Gonçalves deixa de pertencer a Vitória da Conquista e passa para o Município de Anagé. Entre as localidades estão os povoados de Roseira, Tanque Velho, Batista, Catarina I e II, Boa Sorte, Mãe Eleotéria, Boqueirão, Visão, Deus Dará, Baixa do Muquém, Lagoa do Mulatinho, Lagoa do Facão, Lagoinha, Baixa do Cocá, Quebra Mato, Barreiro e Lagoa de Simplício. “Teremos uma perda superior a seis mil habitantes que perderão benefícios nas áreas de saúde, educação, infraestrutura. Isso é um tremendo absurdo”.
Durante a reunião, o grupo decidiu marcar uma audiência pública para o próximo dia 6 (sábado), às 8h30, com a presença de representantes da Prefeitura Municipal e dos moradores da região de José Gonçalves, a fim de debater os prejuízos que serão gerados com a perda do território e buscar alternativas para impedir que isso ocorra.
Na próxima segunda-feira (1º), os vereadores Arlindo Rebouças e Coriolano Moraes Neto têm uma reunião com o prefeito Guilherme Menezes para tratar do assunto. “Nossa expectativa é que o prefeito abrace essa causa e não permita que isso aconteça, a população está apreensiva com a possibilidade de pertencer a Anagé, pois, com isso, os habitantes perdem todos os benefícios mantidos pela prefeitura de Vitória da Conquista, como saúde, educação, entre outros”, afirmou Arlindo Rebouças.
Por Bia Oliveira / ASCOMCV