Na manhã desta sexta-feira (24), o presidente da Associação do Bairro Henriqueta Prates, Marcondes de Oliveira, utilizou a Tribuna Livre para apresentar demandas dos moradores. Segundo ele, já existia por parte das lideranças do bairro a vontade de utilizar a tribuna para cobrar ações do governo, mas depois de ter tido conhecimento a respeito da fala do vereador Joaquim Libarino na sessão ordinária do dia 10 de outubro, tornou-se uma necessidade. “O vereador disse que nós da associação estávamos informando aos moradores que o prefeito nada tinha a ver com a realização do empreendimento que, segundo as empresas que lá estão realizando as obras, é algo de interesse totalmente particular, para que eles pudessem vender melhor o seu loteamento, então eles “estavam dando tratamento na nossa avenida principal do Henriqueta, o que nos deixou muito feliz”.

Ainda em sua fala, o presidente da Associação de Moradores do Henriqueta Prates disse que o vereador Libarino tem informado que as obras de esgotamento sanitário e pavimentação asfáltica na localidade são de autoria do Governo Municipal. De acordo com Marcondes Oliveira, obras de esgotamento sanitário são provenientes do Governo do Estado, o que tornaria a informação do parlamentar inverídica. “Ele disse que não era verdade a minha fala, coisa que a gente não fez. É um anseio muito grande da comunidade a pavimentação e o saneamento básico. Ele disse que algumas ruas já tinham sido pavimentadas, mas não é verdade. A comunidade está tão ansiosa com o benefício que está propondo fazer por conta própria, uma vez que o governo diz não ter recursos”.

Marcondes de Oliveira encerrou sua fala cobrando mais ações e equipamentos voltados para o lazer e para o esporte. Segundo ele, em 2013 o Henriqueta Prates foi contemplado com uma quadra poliesportiva pelo Orçamento Participativo, mas até o presente momento a comunidade estaria esperando a instalação do equipamento. Em seguida, pediu que os vereadores tenham carinho especial com a localidade. “Queremos contar com a presença não só dos vereadores que já são atuantes lá, mas sim de todos. É difícil para nós acreditar, porque votamos nos representantes e de repente não termos a mesma atenção de antes para os nossos problemas. Não temos questões políticas, nós “jogamos” com quem “joga” com a gente. Não podemos negar as realizações desse governo atual, porém não podemos dizer o mesmo das ações voltadas para o Henriqueta Prates”.

O vereador Arlindo Rebouças (PROS) parabenizou o presidente da Associação do Bairro Henriqueta Prates, Marcondes de Oliveira, pela fala na tribuna livre, e afirmou que a reivindicação dos moradores é justa. De acordo com ele, o problema é que o Henriqueta Prates, Recanto das Águas e Laje Grande estariam abandonados pelo Governo Municipal. “A prefeitura está construindo um centro comercial ali para pequenos produtores, que na minha maneira de ver, com a estrutura que está lá vai ser um ‘elefante branco’ ou se tornar um mercadinho qualquer. Porque se você não levar o atacadão da Juracy Magalhães para lá, o pequeno produtor não vai sozinho para lá não. Vou registrar na ata, porque o bairro é totalmente esquecido em limpeza pública, esgotamento sanitário. O bairro está totalmente esquecido, a comunidade passa por uma ‘fartura’ total, falta tudo. É uma comunidade que não tem nada além de poeira na época do sol e lama na época da chuva, além do esgoto a céu aberto”, disse, colocando-se à disposição dos moradores.

O vereador Ademir Abreu (PT) parabenizou o presidente da Associação do Bairro Henriqueta Prates, Marcondes de Oliveira pela fala na tribuna livre. Segundo ele, a reivindicação está correta, pois, é dever das associações defender os direitos da população de maneira apartidária, possibilitando que todas as pessoas interessadas possam reivindicar seus direitos. “Realmente as áreas de lazer são uma deficiência muito grande na periferia da cidade, mas quero colocar em relação a isso que estivemos fazendo um levantamento sobre os campos de futebol existentes no município. Sabemos que grande parte deles está em áreas privadas e provavelmente em algum tempo serão desfeitos. Fizemos uma indicação para que a Prefeitura pudesse pegas essas áreas para preservá-las com o intuito de que não desapareçam”.

Por Flávia Rezende / ASCOMCV