20/08/2014 10:23:00
Em seu pronunciamento na sessão ordinária desta quarta-feira (20), o Líder da Oposição, vereador Arlindo Rebouças (PROS), apresentou cópia de um ofício encaminhado pelo coordenador do laboratório da Fundação de Saúde de Vitória da Conquista à Coordenação de Atenção Básica do Município, no dia 5 de agosto, informando que a partir do dia 18 de agosto não mais serão marcados exames no laboratório da instituição e nem disponibilizadas coletas nos centros de saúde, em decorrência dos processos de adequação para cumprimento de quota de exames determinada mediante contrato entre Fundação de Saúde de Secretaria Municipal de Saúde. As requisições, segundo o ofício, devem ser encaminhadas à Central de Marcação de exames e os pacientes deverão se dirigir ao Laboratório Central.
“Quando eu falei que privatizaram o Hospital Esaú Matos, acharam que eu estava falando bobagem. É um absurdo, o pessoal do laboratório lá da Fundação de Saúde afirmou, isso não está aqui na nota, que só vai começar a coletar quando a prefeitura aumentar o valor dos procedimentos e pagar em dia. E eu pergunto: De quem é a Fundação, é do município ou de quem é?”, questionou.
Segundo o vereador, com a suspensão da coleta nos postos, apenas o laboratório continuará prestando o serviço, o que deve agravar o problema da saúde no município. “Pergunto a vocês, colegas vereadores, esse povo vai fazer o quê? Já não tem nada, nem exame de laboratório tem mais. Só nesse mês de agosto, a prefeitura recebeu quase R$ 30 milhões em repasse, o valor está ali nos nossos informes, e nem mesmo exame de laboratório o povo pode fazer mais. Será que o município faliu? Onde está esse dinheiro?”.
Em seguida, o vereador esclareceu porque deu entrada no requerimento solicitando a presença da secretária de Saúde, Márcia Viviane, e do presidente da Fundação, padre Edilberto Amorim. “Os nobres colegas votaram contra o primeiro requerimento que fizemos. Acham um absurdo a secretária vir aqui. Eu pergunto: O vereador foi eleito para que? Para defender essa administração falida ou para defender o nosso povo?”.
Outra denúncia apresentada pelo parlamentar foi com relação à forma como a Fundação de Saúde tem tratado as questões trabalhistas. De acordo com ele, a FSVC assinou a carteira de seus funcionários e agora está obrigando cada um deles a comparecer para cancelar o contrato da carteira e assinar um contrato por tempo determinado de um ano. Explicou que o contrato pode ser prorrogado por mais um ano, sendo que a dispensa por tempo de contrato, no prazo, não dá direito a seguro desemprego e à multa rescisória. “O trabalhador só tem direito ao saque do Fundo de Garantia, conforme a Fundação informou, aí eu pergunto, privatizou ou não o hospital?”, concluiu.
Por Bia Oliveira / ASCOMCV