Na sessão ordinária desta sexta-feira (6), a Câmara Municipal, por iniciativa do vereador Júlio Honorato (P), homenageou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pelos 30 anos de fundação do movimento. A homenagem foi recebida pelo dirigente estadual, Walter Rubens de Jesus.

Segundo o autor da indicação, o MST não luta apenas pela terra, mas também por espaços para construir comunidades de vida solidária, por estar num país que tem a maior extensão de terras cultiváveis do mundo, mas, ao mesmo tempo, possui milhões de pessoas sem terras para trabalhar. “Este ano, no VI Congresso do MST, o movimento atualiza sua visão e suas propostas, lançando um Programa Agrário que inclui uma concepção mais ampla da que tinha, a de uma Reforma Agrária Popular”, justificou.

O dirigente estadual do MST, Walter Rubens de Jesus, agradeceu a Câmara, em nome do presidente Fernando Vasconcelos, e ao vereador Júlio Honorato, reconhecendo o trabalho desenvolvido por Honorato, um dos fundadores e dirigentes do MST em Vitória da Conquista. “Júlio sempre nos orgulhou em todas as tarefas que a organização lhe designou, essa tarefa de estar aqui representando os movimentos sociais, o MST, na Câmara, foi delegada pelo movimento e por outros parceiros”, disse, agradecendo, também, em nome da direção estadual do MST, a todas as famílias assentadas e acampadas em Conquista e na região, além dos militantes José Ronaldo, William e Benício, que fazem parte da coordenação estadual.

“São 30 anos de muitas lutas e de muitas dificuldades, mas também de muitas conquistas, temos em Conquista 11 assentamentos frutos da luta dos trabalhadores, da luta do MST e que hoje servem como desenvolvimento para o município, tivemos muitas perdas, a exemplo da companheira Maria Zilda, assassinada no Assentamento Mucambo, na luta pela terra, o companheiro Manoel Bonfim, assassinado pela truculência do latifúndio, e por último, homenagear o nosso companheiro Fábio, que em 2 de abril do ano passado foi assassinado em Iguaí, pelo latifúndio  daquela região, e até hoje esse crime não foi esclarecido”, salientou, complementando. “A nossa luta continua, enquanto tiver uma terra improdutiva e famílias necessitando de terra para trabalhar, o MST estará pronto para reivindicar do governo a desapropriação dessas terras para beneficiar o trabalhador”.  

Por Bia Oliveira / ASCOMCV