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Audiência Pública debate problemas da Zona Rural

Arquivo

10/03/2014 11:30:00


Na manhã desta segunda-feira (10) a Câmara de Vitória da Conquista debateu os problemas que tem assolado a zona rural do município, propondo alternativas de culturas diferentes e armazenamento de água como medidas de convivência com a seca que tem assolado os pequenos produtores responsáveis pela agricultura familiar da região, provocando um êxodo rural.

O proponente da audiência pública, vereador Edjaime Rosa/Bibia (PSDB) apresentou algumas reivindicações que procuram melhorar a qualidade de vida do homem do campo, colocando todos os setores que precisam ser atendidos para propiciar uma condição favorável ao agricultor, como saúde, qualidade na educação e estradas, além de incentivos públicos financeiros para manter o homem produzindo no campo.

O vereador Bibia ainda falou da importância do apoio dos agentes políticos que representam a região para levar as reivindicações e problemas debatidos aos Governos, buscando alternativas que minimizem o sofrimento do homem que vive da agricultura familiar.

Noeci Salgado, coordenador Municipal de Agricultura, afirmou que a agricultura familiar é responsável por colocar na mesa do povo brasileiro mais de 70% dos alimentos consumidos, movimentando milhões de Reais em todo país. Salientou que as preocupações são crônicas e o que faz a agricultura se restringir é a seca que tem assolado a zona rural. Segundo o coordenador, o governo do prefeito Guilherme Menezes tem investido na construção de barragens e aguadas, e destacou a experiência da barragem subterrânea, em Cachoeira das Aguadas, acreditando que pode ser a redenção da agricultura familiar, uma iniciativa que a eficácia foi comprovada cientificamente.

Destacou também a produção do umbu gigante como uma saída para agricultura familiar, ensinando o agricultor a produzir a própria muda a partir do caroço nativo já existente nas roças. O novo cultivo se adapta bem na Caatinga e Mato Cipó, e a prefeitura está preocupada em disseminar esta cultura, que hoje já possui quinze roças, com uma média de 100 mil mudas plantadas. “O agricultor precisa buscar alternativas que não o milho e o feijão, e se for plantar, procurar novos manejos”, salientou.

O coordenador falou ainda sobre a distribuição de milho, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento/Conab, além do Programa de Garantia Safra, informando que o município aderiu ao Programa com mil cotas, tendo mais de 300 produtores já beneficiados e, para a safra 2013/2014, das mil novas cotas, mais de 600 já foram homologados.

Presidente do Sindicato dos Pequenos Produtores Rurais, Júnior Figueiredo, comemorou a promoção de um evento que debate um tema que preocupa todos os moradores da zona rural. Apresentou dados da Conab, onde coloca a agricultura familiar como responsável por sete de cada dez empregos gerados no campo, além de ter o menor uso de insumos agrícolas, preservando o meio ambiente, diferente do agronegócio que, segundo o sindicalista, não se preocupa com a preservação ambiental.

Sobre os incentivos existentes, destacou o Programa de Aquisição de Alimentos/PAA, onde os alimentos adquiridos por Programas Sociais Federais são oriundos da agricultura familiar. Informou que no município o Sindicato tem trabalhado em parceria com a Secretaria Municipal, EBDA e instituições financeiras. “A agricultura familiar tem sido bem assistida pelo governo municipal, mas a seca sempre será uma realidade. Temos que aprender a conviver com ela e colocar políticas públicas que ofereçam alternativas ao homem do campo, como a diversificação das culturas”, disse.

José Barbosa, representante o Sindicato do Trabalhador Rural, afirmou que agricultura familiar tem sido muito assistida, mas ainda há muito a ser feito, destacando o setor cafeeiro, além de solicitar melhorias nas estradas e disponibilidade de água. Falou também sobre o êxodo rural que tem atingido aquela população, e responsabilizou a falta de incentivos pelo “inchaço” da cidade.

Jardel Novais, Coordenador da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia/ADAB, falou sobre as dificuldades encontradas pela agência para manter o patrimônio das pessoas e das restrições e prazos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, além das normas que precisam ser atendidas e que são de responsabilidade da agência sobre a fiscalização e controle das transações no meio rural. Ressaltou ainda o trabalho de controle sanitário que preza pela qualidade da carne comercializada na região também realizado pela ADAB. O coordenador solicitou apoio da população para o exercício desta fiscalização.

A Gerente Geral do Banco do Nordeste, Elza Peixoto, colocou a missão do banco em promover o desenvolvimento sustentável da região, trabalhando com parcerias com a FETAG, EBDA, sindicatos e associações. Falou também do Programa Agroamigo, que gera mais negócios na zona rural, contratando assessores com qualificação técnica que acompanham o agricultor durante seu ciclo de operação. Disse que através desta iniciativa o crédito chega até o produtor rural. “O crédito é o meio de transformar o produtor rural fazendo com que ele possa gerar renda para ele e sua família”, disse, defendendo que desta forma tem assistido estes produtores. Destacou ainda os diversos programas e linhas de créditos disponíveis para perfuração de poços artesianos e alternativas de armazenamento de água, numa tentativa de oferecer condições de convivência com a seca.

Por Camilla Aguiar / ASCOMCV



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