 
        26/11/2013 08:30:00
 Na noite desta segunda-feira (25), a Comissão Municipal da Verdade, presidida pelo vereador Florisvaldo Bittencourt (PT), ouviu o depoimento de Maria José Malheiros, considerada a última clandestina vítima do regime militar e que morou em Vitória da Conquista, abrigando-se sob o teto de uma das mais expressivas lideranças políticas baianas, José Gomes Novaes, que a registrou como filha legítima para livrá-la das garras da ditadura.
Na noite desta segunda-feira (25), a Comissão Municipal da Verdade, presidida pelo vereador Florisvaldo Bittencourt (PT), ouviu o depoimento de Maria José Malheiros, considerada a última clandestina vítima do regime militar e que morou em Vitória da Conquista, abrigando-se sob o teto de uma das mais expressivas lideranças políticas baianas, José Gomes Novaes, que a registrou como filha legítima para livrá-la das garras da ditadura. O vereador Florisvaldo Bittencourt falou que a Comissão da Verdade foi criada recentemente e desde então tem realizado oitivas importantes para o resgate histórico da luta pela democracia. “Hoje estamos em nossa sexta oitiva, e Maria José Malheiros é uma figura que tem a marca da luta pela democracia do nosso país. A cidade não fala em outra coisa, podemos também dizer que a Bahia e o Brasil”.
O vereador Florisvaldo Bittencourt falou que a Comissão da Verdade foi criada recentemente e desde então tem realizado oitivas importantes para o resgate histórico da luta pela democracia. “Hoje estamos em nossa sexta oitiva, e Maria José Malheiros é uma figura que tem a marca da luta pela democracia do nosso país. A cidade não fala em outra coisa, podemos também dizer que a Bahia e o Brasil”. A arquiteta e urbanista baiana Maria José Malheiros contou um pouco de sua trajetória e lembrou emocionada momentos marcantes em sua história, em que teve que fugir das garras dos militares. “Hoje é muito difícil imaginar o que passamos naquela época. Saíamos para trabalhar, mas não tínhamos certeza que iríamos voltar. Não tínhamos apego a coisas materiais, e já saíamos de casa com o “kit fugitivo. Se tem algo que é terrível é estar sempre escapando, e eu vivi essa sensação até com uma certa culpa. Culpa porque todos aqueles que eu conhecia acabavam sendo presos e eu sempre escapava. Isso fazia com que as pessoas que nos perseguiam pensassem que eu era perigosa”, disse, lembrando que contou com a ajuda de muitas pessoas para conseguir sobreviver em meio às constantes fugas.
A arquiteta e urbanista baiana Maria José Malheiros contou um pouco de sua trajetória e lembrou emocionada momentos marcantes em sua história, em que teve que fugir das garras dos militares. “Hoje é muito difícil imaginar o que passamos naquela época. Saíamos para trabalhar, mas não tínhamos certeza que iríamos voltar. Não tínhamos apego a coisas materiais, e já saíamos de casa com o “kit fugitivo. Se tem algo que é terrível é estar sempre escapando, e eu vivi essa sensação até com uma certa culpa. Culpa porque todos aqueles que eu conhecia acabavam sendo presos e eu sempre escapava. Isso fazia com que as pessoas que nos perseguiam pensassem que eu era perigosa”, disse, lembrando que contou com a ajuda de muitas pessoas para conseguir sobreviver em meio às constantes fugas. O deputado Federal Emiliano José resumiu a história de luta de Maria José Malheiros e manifestou alegria pelo fato de recentemente a militante ter resgatado definitivamente sua identidade, uma vez que por muito tempo foi preciso utilizar nomes falso para fugir da perseguição da ditadura. “Tenho nos últimos dias escrito muito sobre Maria José Malheiros, da qual sou amigo há quase 40 anos. Há um número enorme de vítimas da Ditadura que provavelmente as muitas comissões do país não consigam levantar todas as informações. Zezé passou 42 anos sem ser presa, e isso era muito difícil. Mas eu fui testemunha de todo o sofrimento pela carga que ela carrega pelo fato de ela até o dia 24 de outubro desse ano ela ter sido uma pessoa clandestina”.
O deputado Federal Emiliano José resumiu a história de luta de Maria José Malheiros e manifestou alegria pelo fato de recentemente a militante ter resgatado definitivamente sua identidade, uma vez que por muito tempo foi preciso utilizar nomes falso para fugir da perseguição da ditadura. “Tenho nos últimos dias escrito muito sobre Maria José Malheiros, da qual sou amigo há quase 40 anos. Há um número enorme de vítimas da Ditadura que provavelmente as muitas comissões do país não consigam levantar todas as informações. Zezé passou 42 anos sem ser presa, e isso era muito difícil. Mas eu fui testemunha de todo o sofrimento pela carga que ela carrega pelo fato de ela até o dia 24 de outubro desse ano ela ter sido uma pessoa clandestina”.  O presidente da Comissão Estadual da Verdade, Marcelino Galo, falou sobre a importância do trabalho da Comissão da Verdade. “Acho que a gente tem que intensificar o nosso trabalho e a mobilização pela verdade quem sabe vai permitir à gente fazer justiça”.
O presidente da Comissão Estadual da Verdade, Marcelino Galo, falou sobre a importância do trabalho da Comissão da Verdade. “Acho que a gente tem que intensificar o nosso trabalho e a mobilização pela verdade quem sabe vai permitir à gente fazer justiça”. O vice-prefeito Joás Meira elogiou a iniciativa da Comissão da Verdade e disse que a história de Maria José Malheiros o emociona. O vice prefeito parabenizou a militante pela liberdade recém adquirida por ela e agradeceu pela luta em prol da democracia. “Você não teve direito a ter amigos, história, vida social, residência. Você não foi presa, mas vivia em liberdade provisória. Você não se sentia livre, você era prisioneira de alma, o que era pior. A partir do momento que se tornou livre as correntes caíram da sua alma. Muito obrigado, porque foi através de pessoas como você, com nome ou anônimos, que conseguiram manter acesa a chama da liberdade”.
O vice-prefeito Joás Meira elogiou a iniciativa da Comissão da Verdade e disse que a história de Maria José Malheiros o emociona. O vice prefeito parabenizou a militante pela liberdade recém adquirida por ela e agradeceu pela luta em prol da democracia. “Você não teve direito a ter amigos, história, vida social, residência. Você não foi presa, mas vivia em liberdade provisória. Você não se sentia livre, você era prisioneira de alma, o que era pior. A partir do momento que se tornou livre as correntes caíram da sua alma. Muito obrigado, porque foi através de pessoas como você, com nome ou anônimos, que conseguiram manter acesa a chama da liberdade”.	Na ocasião também foi lançado o site oficial da Comissão Municipal da Verdade. “É uma ferramenta para que as pessoas tenham acesso a todos os trabalhos da Comissão. É um site institucional, com acesso simples, onde todas as pessoas podem obter muitas informações acerca do tema. A contribuição da sociedade é muito importante para nós”.  Confira o site: http://comissaomunicipaldaverdade.com.br
	
	Conheça os membros da Comissão Municipal da Verdade:
	
	Florisvaldo Bittencourt (PT), Líder do Governo na Câmara (presidente)
	Gilzete Moreira (PSB), Líder da Bancada de Situação
	Arlindo Rebouças (PROS), Líder da Bancada de Oposição
	Rui Medeiros, Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, ex-preso político, professor universitário
	José Alves Dias, Professor de História do Brasil na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/UESB, Doutor em História do Brasil
	Alexandre Pereira, Professor, Advogado, Procurador-Geral da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista
	Fábio Sena, Jornalista, Historiador, Assessor de Comunicação da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista
