Na sessão desta quarta-feira (9), moradores do bairro Nossa Senhora Aparecida utilizaram o espaço da Tribuna Livre para reivindicar melhorias a suas comunidades. Eles demonstraram insatisfação quanto à não-realização de obras solicitadas ao governo municipal e destacaram, ainda, a importância de reconhecimento do esforço de todas as lideranças comunitárias que trabalharam para que as melhorias fossem promovidas na localidade.

O presidente do Conselho Local de Saúde, Agnaldo de Jesus Carvalho, afirmou que desde 1990 vem lutando pela melhoria do Aparecida, e que a comunidade sempre cobrou as necessidades do bairro e que a obrigação da prefeitura é fazer. “O Aparecida é Conquista, e o prefeito trabalha por todos os bairros”.

Adamilde Carvalho Prado disse que a comunidade compareceu à sessão, não para cobrar obras que já foram realizadas, nem para ter acesso a relatório das ações do governo no bairro, mas para reivindicar a pavimentação asfáltica da Rua Santa Queitéria, Travessa Santa Quitéria, das Ruas D, C e Santa Sueli, além das ruas de acesso ao Loteamento Farias. “Somos nós que sofremos com a poeira e a lama, e em dias de chuvas os moradores do Loteamento Farias perdem o direito de ir e vir. A entrada do loteamento virou um depósito de lixo. Vamos fazer de forma civilizada outras manifestações, até conseguirmos nossas reivindicações”, afirmou.

Eleni Carvalho dos Santos disse que as obras cobradas foram solicitadas em 2001, citando como exemplos o canal da valeta do bairro e sistema de esgotamento sanitário, além de asfaltamento de ruas. “A valeta, um problema antigo. Um bairro considerado um dos mais antigos da cidade tem uma piscina de lama mal cheirosa na entrada, e tem uma unidade de saúde sendo construída a 150 metros da lama, uma escola que funcionando a 200 metros da valeta. O ônibus atende mais a outros bairros do que ao Aparecida", afirmou, solicitando a ampliação do itinerário dentro do bairro, além da construção de uma quadra poliesportiva. “Nosso bairro precisa de assistência para todos”.

O vereador Edjaime Rosa/Bibia (PSDB) afirmou que se sentiu "abatido" com a fala do vereador Professor Cori sobre o Bairro Nossa Senhora Aparecida, na sessão ordinária do dia 4 de outubro. Segundo o parlamentar, o colega teria apontoado diversas pessoas como se fossem protagonistas de obras no bairro, o que segundo ele não corresponde à verdade. Bibia afirmou ainda que o mesmo somente conheceu o bairro Nossa Senhora Aparecida quando se tornou coordenador do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).


O vereador Professor Cori (PT), que discursou em nome da Bancada de Situação, lembrou de reunião realizada com lideranças na igreja do bairro com o então deputado federal Guilherme Menezes, com a presença de mais de 200 moradores, quando foram apresentadas ao parlamentar uma série de demandas nas áreas de saúde, educação e desenvolvimento social. Disse ainda que o debate é político, mas que deve ser feito com respeito e decência. “Não neguei as ações de ninguém, mas falei o que havia feito e como comecei. Não podemos negar a história. Política são ações concretas que melhoram cada dia o dia a dia da comunidade. Não sei o porquê da ofensa”, afirmou.

O parlamentar leu um documento comprovando que encaminhou as solicitações feitas na reunião para o então deputado federal Gulherme Menezes, e emendas foram apresentadas para realização das obras. “Nada disso nega que o bairro precisa de muito mais. Vamos continuar trabalhando pelo Aparecida e por toda Vitória da Conquista, porque fui eleito por toda cidade”, concluiu.