23/08/2013 09:50:00
Na sessão desta sexta-feira, 23, o vereador Florisvaldo Bittencourt (PT) comentou sobre a audiência pública que homenageou as vítimas do regime militar e que restituiu, em caráter simbólico, o mandato do ex-prefeito José Fernandes Pedral Sampaio. “Ontem tivemos um dia histórico para o Legislativo e para todos nós; gostaria de agradecer a cada um de meus colegas vereadores pela participação, em um evento que é de toda Casa”. O parlamentar destacou a grandeza do resgate histórico e lembrou a importância da sociedade saber de todos os malefícios decorrentes da ditadura.
“Ontem tivemos várias autoridades e vítimas do regime aqui presentes. Vimos também nas declarações o tamanho da crueldade dos torturadores e da situação de fragilidade de pessoas que, simplesmente por defenderem a democracia e a igualdade, sofreram. E muitos deles foram lembrados aqui”. Segundo o vereador, no início da audiência a participação do Levante Popular retratou bem como era o regime. “Pudemos ver a família do vereador Péricles Gusmão relatando como foi cruel a sua morte, dentro de uma dependência do Estado”. Para o parlamentar, o regime democrático em que o Brasil vive ainda requer muitas discussões porque, segundo ele, nas cadeias, por motivos diversos, as pessoas ainda são torturadas e massacradas.
Ainda em sua fala, Florisvaldo Bittencourt parabenizou a cidade pelo evento de ontem e afirmou que a Comissão Municipal da Verdade será composta pelos vereadores Arlindo Rebouças e Gilzete Moreira, pelos historiadores Rui Medeiros, José Alves Dias e Fábio Sena, e pelo procurador geral da Casa, Alexandre Pereira.
Segundo o vereador, o documento produzido permitirá ao município conhecer a própria história e tomar as providências necessárias tanto para aqueles que sofreram durante o regime, tanto para aqueles que cometeram qualquer tipo de violência contra as vítimas da ditadura. “Queremos que os seus nomes sejam apresentados para que a sociedade possa fazer o julgamento, e para que conheça os verdadeiros criminosos contra a democracia”.
Por Flávia Rezende